sexta-feira, dezembro 28, 2007
quarta-feira, dezembro 26, 2007
Eu queria ter uma caloi cross extralight. Ganhei do meu pai uma caloi cross extra. sem o light. O número da placa de plástico na frente era 315.
Este número é um dos meus números da sorte e não sei se deveria contar assim.
Extralight acabou virando o sufixo do meu msn. E a caloi cross extra foi o primeiro veículo a me levar para lugares inimaginados.
Os goonies me fizeram sonhar alto. Mas antes disso eu já sonhava como crianças de filmes americanos.
Vcs já sabem que vendi ovos de dinossauros no museu com seis anos, conquistados nos vãos do muro de pedra de minha casa, coincidentemente o habitat de grande população de lagartixas.
Construímos um castelo com sobras de tijolos de uma construção. Cabiam os nove ou dez componentes da turma dentro.
Planejamos um eficiente sistema de transportes pelas árvores do quintal, por meio de roldanas e fios de nylon.
Iniciamos a construção de uma miniferrovia no porão da casa do Valdir.
Minha diversão era planejar o nascimento e desenvolvimento de cidades numa folha de papel em branco, com intrincados sistemas de produção e distribuição de insumos e produtos.
Parece que há programas que ensinam a brincar assim hoje.
Minha primeira poesia escrevi no telhado.
Meu primeiro conto foi lido inúmeras vezes para as visitas, com pedidos de atenção para o final inusitado.
A mais antiga sensação lembrada, intensa e profunda de liberdade é a da paisagem noturna se modificando pela janela do trem entre São Paulo e Rio. Eu lutava contra o sono e queria sentir mais daquilo. Disso que sinto em lembrança agora, tão próximo.
Um gosto que tinha era o de tentar adivinhar a vida cotidiana de cada morador de cada barraquinho das favelas, na estrada que nos trazia até São Paulo.
Eu tinha e tenho um melhor amigo desde então. Fazíamos intervenções urbanas rudimentares, parecidas com as que hoje vejo na televisão.
Havia muito mais coisas, cada dia era dia de se criar algo assim. Por anos e anos a fio.
O sentimento de conquista que cada fato desses me causou forma firmemente a minha personalidade atual.
Tudo isso até os dez, onze anos.
Eu era tecnicamente uma criança.
Hoje eu vejo crianças obrigadas a se adaptarem ao mundo adulto, encorajadas isso por orgulhosos pais, que afastam delas quaisquer traços de imaginação fantasiosa.
Algumas dessas lembranças me fazem pedir a todos os pais que vierem a ler isso que dêem duas coisas vitais a seus filhos: incentivo e liberdade.
A imaginação sempre terá chance de tornar-se realidade.
Com isso as crianças se apoderam das ferramentas para viver bem. Em quaisquer circunstâncias.
Carpe diem.
Boa semana a todos.
sábado, dezembro 22, 2007
HOW SOON IS NOW...
*
Tudo pode ser diferente.
A partir de
Agora.
*
Por ora só posso dizer que sou advogado, sou procurador, sou professor, sou marido, sou filho...
sexta-feira, dezembro 21, 2007
obrigado por tudo, todo mundo.
feliz natal é próspero ano novo.
tudo de bom, divirtam-se bastante,
tomem boas bebidas, pra não dar ressaca.
vale a pena gastar um pouquinho mais.
muitos bons momentos em 2008.
tchau procês.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Nosso ideal é lutar
Lutar por ti Madureira
Queremos ver tua bandeira
Tremular pelo ar
E assim queridos, unidos,
Seremos dez, vinte mil,
Em cada Glória que temos,
Daremos pujança ao esporte do Brasil
És Madureira, nosso castelo,
A nossa Catedral, ideal
O sol de muitos anos,
Dos tricolores suburbanos.
Autor: Lamartine Babo
Intérprete: Jorge Goulart
segunda-feira, dezembro 17, 2007
sábado, dezembro 15, 2007
ainda um brainstorm. ou: disintegration na veia, 500 mg.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
brainstorm, brainstorm
***
ehe, bobeou voltei. pq as pessoas gostam tanto de mim? que que eu tenho, afinal, as vezes eu gosto menos que as pessoas. quase sempre. coisa estranha. palavras verdadeiras demais para um blog. perigo. ah, isso aqui é tudo de brincadeirinha. vai nessa. never let me down again. ô musiqueira. e se a veve for o golb, mesmo? vou ficar com medo dele. amanhã tem churras do trabalho. confraternização rárá. amanhã o pau vai comer, cudozacarias, não toque no assunto, é pro seu bem. pq amanhã vai ter a combinação inflamável madureira+cerveja+mais e mais cerveja= sinceridade+foda-se. as estagiárias vão, safado do colega pagou a taxa delas. diletantismo. altruismo. legal a secretária: amanhã o dr.nelson vai fumar. ehe. me senti a cobra. isso não é brainstorm nem aqui nem na china. são thomé das letras. passagem pra machu picchu. rapel em ushuaia. sexo. séquissu. libido me lembra cerveja. levedo. vai saber. personal jesus, vai saber que letra é essa. deixa pra lá. tinha violão, deu vontade de viola. tenho viola, deu vontade de guitarra. não tenho mais idade. me descobriu de novo aqui. táááááá, já vou.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
a segunda enorme ruptura na minha vida foi mudar-me da casa de arcos pra lá.
perfeitamente integrado com minha turma até então, tinha um quintal imenso pra descer a rampa gramada com colchão velho e descobrir ovos de dinossauro no muro de pedra, tive de deixar tudo pra trás, ao mudar-me.
e esse cara foi fundamental pra minha readaptação. quinze dias depois, eu tinha uma turma maior, mais unida, da qual alguns componentes acompanham-me até hoje. morei no 313 dos sete aos treze anos.
nesse tempo desbravei a cidade de bicicleta, desbravei o porão, desbravei o telhado (lá fiz minha primeira "poesia"), li minha primeira playboy camuflada, tomei meu primeiro fora, me quebrei inteiro, sarei. dentro da turma, havia outra pequena turma ainda mais próxima, eu e mais três, um dos três é esse meu amigo.
crescemos e mantivemos a turma, com muitos importantes ingressos.
na adolescência, passou a existir o golb, além de muitas pessoas novas. e ele sempre lá.
tempos depois, ele namorou uma amiga nossa, que havia namorado outro amigo da turma, puta rolo, cisão, fortes amizades entre homens só terminam definitivamente se tiver por causa uma mulher. entre a gente tudo se manteve de boa, continuamos amigos, mas faculdades diferentes, ramos diferentes, cidades diferentes, fizeram com que perdêssemos o contato. Passei a encontrá-lo com a inimaginável freqüência de uma vez a cada dois anos.
hoje eu tive notícia.
soube que ele descobriu meu msn.
adicionou-me.
quando entrei, ele estava ausente.
faz já uns dois anos que não o vejo, a última vez foi num casamento, depois de três anos sem nos vermos, antes.
deixei uma mensagem mais ou menos assim:
"tanto tempo depois, sem a gente se ver nem falar, meu coração aperta de remorso, mas sou obrigado a te dizer que me encontro, há duas semanas... RINDO DE TI CORINTHIANS!!!"
*
Porque além de amigo de infância, é um dos responsáveis por eu detestar essa praga de time, de tão chato que sempre foi, como corintiano. até qualquer hora, amigão da segunda divisão.
domingo, dezembro 09, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
But I want to look around me now
(Time stand still)
See more of the people and the places that surround me now
Freeze this moment a little bit longer
Make each sensation a little bit stronger
quinta-feira, dezembro 06, 2007
*
Acomodo a pasta no chão, ao lado da mesa. ligo o note na tomada. paletó no cabide. mate no copo (chimarrão morninho, dani m.). penso que a tendência é melhorar. foi apenas um mal começo, tento me convencer, ao fitar babel e pisa. Ao lado, um expediente, com meu nome a lápis. tarja vermelha de urgente. recuperação judicial, o assunto cujo estudo protelo. passo os olhos na providência a tomar. decido-me. olho o prazo. vencido. olho a última folha, palavras assim manuscritas: Sr. Secretário, blablabla blablabla, solicito porém que V. Exa. redistribua o expediente ao outro setor, pois este setor encontra-se sobrecarregado. Atenciosamente, CUDOZACARIAS. A seguir, novo despacho: Dr. Madureira, o setor do anexo fiscal também se encontra sobrecarregado. Fazer a petição, com urgência, se preciso ligar para o advogado.
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respiro fundo conscientemente pela segunda vez.
*
não deu resultado.
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lembro-me, antes do dia de fúria propriamente dito, do início do spectroman (aquele liquidozinho verde saindo no vão da porta. ruas caóticas de tokio. as palavras sóbrias e monocórdicas que nos aterrorizavam: planeta terra cidade tokio. o maior inimigo do homem é a poluição... é a pré-abertura dos episódios, nem no youtube tem). enfim, a ira assola. e as poucas pessoas das três salas (por sorte, só gente amiga, àquela hora) vêem passar por elas o costumeiramente pacato madureira bradando que AQUELE FILHADAPUTA DO CUDOZACARIAS VAITOMARNOCUDELE SAFADO LAZARENTO MORFÉTICO VIADINHO quem que ele tá pensando que é? eu tô mais sobrecarregado que ele, até porque eu tô passando o pano na merda que ele fez! Aí alastrou: as poucas pessoas também traziam em suas mãos expedientes redistribuídos. E todas passaram a vituperar contra o cudozacarias.
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A raiva me faz mal pro esôfago e estômago, pro colesterol e pras triglicérides. está tudo zoado, deu no exame. mas vejo que faz bem pra minha imagem. arrogantes e falsilóides advogados de construtoras, de empreiteiras, de residenciais de luxo que conversam com um advogado bonzinho do outro lado do telefone, solícito, por vezes titubeante, hoje por pouco não foram mandados às favas, aos cus. Aparte:
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os frentistas do meu posto e os garçons do meu por-quilo têm que ser tratados mal pra te respeitar. hoje vi que arrogantes e falsilóides advogados de residenciais de luxo têm que ser tratados pior. cuzão. não güentou a bronca, foi maltratado e ainda pediu desculpa. Fim do aparte. Aliás, outro aparte:
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as pessoas quando acuadas descontam seus maus sentimentos nas pessoas mais frágeis. óbvio: porque é mais fácil. lá no trabalho, sobra pra faxineira. que é sem noção, doida de pedra, não pára de falar, é bem verdade, mas que também é alegre, dedicada e gentil com todos, sempre. me cortou o coração quando limpou a sala chorando semana dessas, pois a falsa da chefe de seção lá de baixo, que alisa o nosso saco quando nos vê, humilhou-a, mandando ficar em seu lugar. Senti-me bem hoje, porque a benê é minha amiga, eu descontei no mala-mor, poderoso e ex-arrogante. E de quebra fiquei sabendo que a benê espalha aos quatro ventos que eu sou o "procurador bonzinho que cumprimenta todo dia e fala que tá com a petição pronta pra me processar se ele escorregar". Já o mala-mor (que só perde pro cudozacarias) teve que ouvir-me perguntar "por que o senhor está ligando e falando todo esse discurso pronto novamente, se não há nada de novo no que o senhor diz?".
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encheu o saco esse post. o dia todo foi assim. zagueirão do sítio. chutavam a bola, eu espanava pra onde tivesse virado. de preferência, na fuça de quem chutou. Pra encurtar, fui até o chefe, falei que não admitia que um cara menos sobrecarregado que eu me sobrecarregasse ainda mais, por não querer trabalhar (eu estava irreconhecível hoje e, sem perceber, frisei bem o termo sobrecarregar, que o cudozacarias havia usado. touché). O chefe assustou com meu tom de voz, pegou o expediente e mandou outro alguém fazer. provavelmente um outralguém que aja como eu agi até ontem à tardezinha.
*
Porque agora, dá licença, que lá eu sou o Michael Douglas. Cambada de cu de flecha.
quarta-feira, dezembro 05, 2007
inicio reproduzindo o e-mail recebido de daniel siddartha filippon, pai-de-santo em TI e algoz gremista, estranhamente ignorado por golbery.
"Futuros gritos da Fiel
Oh Criciúma, pode esperar, a sua hora vai chegar!
Não é mole não, os gaviões dominaram o Castelão!
Ah, tenho certeza... o meu Timão vai golear o Fortaleza!
Ei, você aí, cadê o Avaí? Cadê o Avaí?
1, 2, 3... Brasiliense é freguês!
Chora Bahia imundo, o meu Timão é campeão do mundo!
Puta que o pariu, a série A o Ituano nunca viu... e nem vai ver!
Hei, Marília, vai tomar no @#$!
***
Qual a semelhança entre o time do Corinthians e um aluno da primeira série.
Nenhum dos dois sabe ler direito, e no ano que vem vão para a segunda.
***
- "Alô? É do Corinthians?"
*Tu, tu, tu, tu...*
- "CAIU!" "
terça-feira, dezembro 04, 2007
SAUDADE DE TI, BRONZINHA!!!!
PENSAVA EM TI, BRONZINHA!!
FAZENDO OUVIDOS MOUCOS
VOLTA PRO BRASIL, BRONZINHA!!
VAMO VAMO AMIGÃO, VAMO AMIGÃO
VAMO PROSEAR!
NA SEGUNDA DIVISÃO
SE TU FOR VER "TIMÃO" (rsrsrs)
NÃO VOU TE ACOMPANHAR...
***
Ih, Ih, Ih, na rua javari
ih, ih, ih, grêmio barueri
ih, ih, ih, eu rio até cair
ih, ih, ih, saudade golbery!!!
segunda-feira, dezembro 03, 2007
RINDO DE TI, CORINTHIANS!!!!!
AHUHEAEIAHE, boa semana a todos.
domingo, dezembro 02, 2007
Os meus agradecimentos a todos os gaúchos, pela satisfação proporcionada de um ano inteiro da mais legítima execração ao timinho da marginal sem número.
Ah, que felicidade.
***
Agora, falando sério, é raro de se ver, mas fez-se a JUSTIÇA! nessa tarde, com a ida dos marginais à segundona. Chega dessa farsa que a imprensa esportiva paulista nos impõe, de que o Corintians não merece passar pelo que está passando, que é uma instituição tradicional, que tem milhões e milhões de sofredores, que os culpados são o Dualib e mais quatro ou cinco. Mentira!
Essa tarde assistiu à compensação por toda a instituição ter-se associado ao capital da bandidagem mafiosa russa e todos sabiam que era assim, o que possibilitou vencer o campeonato brasileiro de 2005, ainda que de forma vergonhosa, confessadamente roubado, conforme declaração de seu principal dirigente à época, o campeonato que ficará para a história como o do Edilson.
O CORINTIANS NÃO FOI VÍTIMA, FOI CO-AUTOR de todos os atos praticados pela MSI, quando esta entidade adentrou nosso território. Pergunte para qualquer um dos marginais se seu time foi o campeão de 2005, ou não, e vc vai ver que falo a verdade.
Por isso, mofem em 2008 na segunda divisão, como PENA devida pela associação com o Sr. Boris e o Sr. Kia, PENA por terem levado de maneira ilegítima um campeonato, por terem utilizado dinheiro sujo para a contratação dos jogadores daquele ano, porque eu não tenho PENA de vcs não.
*
E tudo isso com o meu TRICOLOR PENTACAMPEÃO!
*
Ah, que felicidade.
Pão e circo.
A partir de amanhã cedinho, mergulharei nos andamentos de feitos, providências processuais e correção de provas, para garantir meus salários fixos e outros caraminguazinhos vitais.
Todo o meu afeto será direcionado às pessoas amigas e minha família. E aqui começo a chegar no ponto.
Tive sorte de nascer, crescer e me desenvolver física, psicológica e intelectualmente de uma maneira confortável, graças a uma família estruturada e acesso a instituições basilares. Eu e os meus iguais, ínfima porcentagem da população nacional.
A lógica que me foi incrustrada - e nisso não me desassocio do resto dos animais - é preservar e manter essa situação de conforto e transferi-la para a minha geração seguinte. A diferença é tenho interesses que vão além da sobrevivência. A essência é idêntica.
Isso à custa de 90% da população nacional.
Radical eu seria se tudo se desse de maneira direta, conforme resumido até aqui. Mas a prisão é invisível. Ela não consiste numa vida confortável e harmoniosa. Mas na aceitação das condições para a sua manutenção: a exclusão da maioria, por meio da nossa omissão e passividade, de que já falei no post abaixo. Essa manutenção impede que meu afeto recaia sobre todas as pessoas, pois se eu realmente sentisse afeto por elas, eu não poderia concordar com a sua exclusão.
Tem quem faça o serviço sujo. Pessoas um pouco piores, mas que não retiram com isso a nossa contribuição, pessoas que ocupam as funções públicas e desviam a finalidade dos atos para os quais foram investidos, eleitos, nomeados, contratados, do público para si próprios.
Não posso me indignar tanto com eles, no íntimo. Afinal, eles me são úteis, na medida em que impedem a maioria de pensar, reunir-se e conseguir alterar a sua situação, esta sim, da estrita manutenção da sobrevivência e assim colocar em risco os tênues e imperceptíveis privilégios de que disponho.
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Havia duas pequenas cidades. Uma governada por pessoas de pouca inteligência que, conscientemente, impediam o acesso de recursos externos para o seu crescimento, pois imaginavam que assim perderiam o seu poder, tão custosamente adquirido. A segunda, originada aliás dessa primeira, governavam pessoas que vislumbraram a associação com esses recursos externos, como um modo de ampliar o seu poder, tão custosamente adquirido. Mas o ponto não é esse. Os governantes da segunda estão na segunda geração ocupando seus lugares de deputados estaduais e até federal. Os da primeira digladiam-se até hoje pelo seu pequeno poder. Mas o ponto ainda não é esse. Quero contar que a segunda cidadezinha cresceu de maneira ordenada, recebeu indústrias, serviços, serviços públicos estaduais e federais. Hoje é pujante e seu povo vive melhor, apesar de tão perto da primeira, em que crescem favelas, há falta de recursos financeiros, empregos e opções das mais variadas.
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Não sou socialista porque a ruptura com as instituições atuais, sem o rompimento com a mentalidade íntima que nos governa a cada um favorece o surgimento de castas que se agrupam em torno da nova organização do poder. A desigualdade e, mesmo, miserabilidade, mantêm-se, senão aumentam. Isso tudo foi provado em 1989.
O que seria possível e bem mais viável é a manutenção dessas nossas instituições e a consecução dos objetivos que figuram na atual folha de papel, a que se referiu Lassale. Uma evolução muito sólida e rápida - porque o tempo urge- embasada na educação e alfabetização para a crítica. Para que se transforme a folha de papel numa verdadeira constituição, de um país desigual para um país pujante, como a cidadezinha, como o lugar onde eu possa fazer compras e agradar as pessoas de que gosto de maneira legítima, sem atingir, por omissão, os meus verdadeiramente iguais, quase duzentos milhões de pessoas.
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Só que não sejamos ingênuos. Todos querem alcançar e manter-se no poder. Não existe bem comum. Não existe, ainda. Desculpaí, Maquiavel, mas bendito de quem te mandou pro ostracismo, permitiu vc ter vontade de contar pra todo mundo como é que a coisa funciona. Desde muito, muito antes de vc, até dezembro de 2007.
***
(continua).
sábado, dezembro 01, 2007
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Minha índole é pacífica, quem me conhece sabe, mas penso cada vez mais na guerra, em geral. Nós brasileiros, que somos a segunda ou terceira geração que não presencia uma guerra nos moldes clássicos (há guerra civil nas periferias das metrópoles brasileiras, outro post), estamos espiritualmente preparados para tal empreitada, se se fizer necessária? Será insanidade vistumbrar um círculo formado por PCC+ CV+ Cartéis do narcotráfico + FARC + grupos correlatos + movimentos políticos extremistas brasileiros? À sombra dos escombros de um Estado desestabilizado, indefeso, ineficiente ao extremo e molecularmente corrupto?
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Se a hora chegar, quem seremos nós, elite omissa e anestesiada? Como organizaremos o Brasil, como pensaremos, com nossas mentes esvaziadamente amestradas pelo individualismo egoísta e consumista para a conveniente passividade?
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Todas as oportunidades nos estão sendo dadas, para a resolução pacífica e ordeira das nossas crises estruturais. Temo pelo seu não-aproveitamento.
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Quantas Ingrid Betancourt serão necessárias?