segunda-feira, janeiro 28, 2008

É possível

Desbastar o campo
Sulcar a terra
Polvilhar as sementes
Cobri-las
Molhar a terra
Vigiar
Aguar
Proteger.
Colher.
Nutrir-se.
Repetir o processo.
É possível afastar o que dificulta a plantação e a colheita.
É possível sempre corrigir os erros.
Aprimorar-se
Crescer.
Desenvolver-se.
Alicerçar.
As ferramentas. Os insumos. a matéria-prima. O sangue e o suor. A razão.
Todos à disposição da vida.
Tá na hora de ser um homem por inteiro. Deixa o titubear do adolescente.
Torna-te maduro e, assim, legitima a tua porção madureira.
É possível.
Atibaia, 25 minutos de 28 de janeiro de 2008.

domingo, janeiro 27, 2008

Pesava-lhe a bota encharcada chupada no barro era força maior a fazer pra avançar. se ao menos pudesse enxergar algo mais que os vultos incertos cruéis eram troncos ou seres piscantes insetos mordiam era chuva era dor. o frio da camisa colada e a calça e o vento contrário ao menor pensamento de fé. barulhos e bichos e nada e nada e nada e então alcançou. um bar dois dormindo um varrendo - fechou! pelo amor, telefone, algo quente, toalha é meu carro parado no nada no nada no nada, onde estou? quem dormia acordou taramela trancou em sua nuca sentiu a pancada e o nada e o nada e dormiu. amarrado era água e a luz em sua cara, o que quer? é um erro, eu não sou, eu sou outro, eu não sei, eu não ai. o silêncio, outra hora passou outra água outra luz em sua cara, é um erro eu só vim o meu carro na chuva parou eu não sei eu não hurr.
e assim num romance de kafkaipira do sítio eu me sinto num ritmo e o pulso e o torso feridos querido não esquece da conta na ponta da linha há o peso e o anzol. mire longe ameace então puxe eu não posso quem dera acontece que o peixe sou eu.
cmu - against the world.
(continua)

INCONCEBÍVEL!

O tricolor não ganhar de um timeco da segunda divisão!!!!!!!!!!!!!
***
Pelo menos deu pra mandar eles pra:
ÃO ÃO ÃO, SEGUNDA DIVISÃO!!
hauehaeuaheauehauahauheaueaheaueah

sábado, janeiro 26, 2008

Nomeio a advogada Virginia Castiglione, regularmente inscrita na OAB/RS sob n° tal, a assumir o munus de curadora de internet, com amplos poderes, restritos, todavia, à resolução do Sr. Madureira Andrade, de tornar-se um novo homem, no sentido de concentrar o seu lazer, ser menos dispersivo e mais produtivo. Determina-se, outrossim, que nesse mister, o curatelado deverá realizar exercícios físicos regulares, melhorar a quantidade e qualidade de seu sono e tornar mais nutritiva e saudável a sua alimentação. A curadora prestará contas do encargo em 30 dias, aqui ou em um de seus blogs, acerca do sucesso alcançado na empreitada.
Intimem-se.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

A pedido de Carolita Gaudéria da Silva Xavier...

Créditos iniciais: The end - doors

E começa mais um filme noir. Bom começo isso, pelo fim das coisas. Ex-namoradinha, vc lembra qdo me falava da deusa hindu da destruição que na verdade traz sempre o início de algo novo? Pois é, eu não me lembro exatamente como era, mas fato é que minha amiga vica me apresentou pro sitemeter, que me permite saber que vc lê aqui rsrs. Bienvenida.

Bom, qdo apareceu essa música eu me empolguei, pensando que era outra, riders on the storm, perfeito pra começar um filme noir, mas a carolita me proibiu de roubar. E, convenhamos, a sua honestidade colocando o zeca pagodinho é um bom estímulo a não roubar. Enfim, the end é bom, pra começar as coisas, como... um filme.

Cena em que acorda: Metrô linha 743 – Raulzito, por Cassia Eller

Cool, man, eu nem sabia que tinha isso aqui. Deu vontade de começar um dia assim. Abrindo a porta, indo pra varanda, planejando o dia, fazendo uma prece, na saída percebendo que estava de cueca. A letra é muito boa, mas gostei mesmo é dessa versãozinha, como eu gosto de cássia Eller, e nunca lembro dela. É uma música que dá ânimo pra acordar bem.

Primeiro Dia na Escola: Stand by me – beatles, por U2
Ta certo. Mas me veio um comercial de sabão em pó, com a criancinha com a lancheira indo pra escola pela primeira vez. Vcs se lembram do cheiro das suas lancheiras? Todas as lancheiras do mundo têm o mesmo cheiro. Eu passava a alça pelo corpo, por baixo dos braços, com a lancheira na minha frente. Aí eu passava a lancheira por cima da minha cabeça, e ela caía nas costas pelos ombros. Com isso eu me transformava no superhomem e voava no recreio. Um dia, meus dois avôs se encontraram sem saber na escola, pois foram brigar com a professora, pois um menino me empurrou e eu fiz um corte minúsculo na cabeça. Acho que devia ter criptonita por perto. Sempre me senti protegido. Não pela capa, mas por pessoas como meus dois avôs que brigavam por mim. Nessa vida, temos que brigar pelos outros. Por quem valha a pena, é lógico, mas muita coisa mais, do que a gente pensa, vale a pena “nessa vida”.

Primeiro Amor: let there be more light – pink floyd
Úia, não conhecia essa música. Coisa dodja, sô, era da época lisérgica do pink floyd, pelo ano da música. Nada a ver com primeiro amor, mas os primeiros 1:30 min com esse dedilhadinho malandro me lembra aquela cena do garoto esperando a gostosona mais velha, mais alta, mais tudo chegando e tirando a blusa em câmera lenta, com close terminando pra boca dela. Taí, boa cena pra primeiro amor. Ah, tem que falar do meu primeiro amor? Primeiro amor, amor, mesmo, foi a Miseme e estamos conversados. Ehe.

Cena de luta: The dogs of war – Pink Floyd

Não roubei, hein? Apropriado. Minhas cenas de luta preferida são as do Tarantino, mas daí ficaria deslocada a música. De qualquer forma, essa música parece um eterno suspense, então lembra as lutas em câmera lenta, mas com muita formação antes, briga de gangue, com os amigos combinando as estratégias nos olhares, depois pancadaria. Isso me lembra qdo quiseram me qualificar como vítima de rixa, narrando o fato como lesões corporais, os devogados sabem que não existe isso, eu acabaria sendo enquadrado como co-autor. Mas tudo se resolveu, menos o lenço que eu usava na cabeça e a camisa do tricolor, para sempre rasgados. Juram que existe uma marquinha de arame farpado no meio das costas mas, por motivos óbvios, não posso confirmar.

Fim de relacionamento: Pantala naga pampa – dave matthews band.
Gostei, sabiam? Mas é alegrinha, então não é propriamente pra fim de relacionamento, mas pro momento fênix. Daqueles em que vc presta atenção no sol, na textura do bife, na fileira de formigas, com força e vontade de viver e chutar tudo.

Festa de Formatura: ao meu redor Marisa monte

Esse tchuiutchutchu é bacaninha mas não combina com festa de formatura. Vejamos a letra: também não combina. Essa música é meio intimista, festa de formatura ou é efusiva, ou é putaria, ou são ambas. Mas a carolita proibiu roubar. Vamos pra próxima.

Dia-A-Dia: If six was nine – Cássia Eller

Jazzinho bom, serve pras tomadas do alto, a cidade grande amanhecendo, luz mais clara possível, pessoas comuns tomando providências comuns, algumas sonhando coisas incomuns. Prazer, sou eu.


Colapso Mental: enter sandman metallica

Ehe, boa boa boa, essa combinou. Com esse iniciozinho eu me exibia no violão, mas na hora de cantar já não tinha tirado, então eu ia pra algum outro iniciozinho, e assim ia. Eeeexit liiight, eeeeenter niiiiight, qdo eu tiver um colapso mental o refrãozinho tocará ad infinitum, deus me livre, bate na madera trei vei.

Dirigindo: a sort of homecoming – U2

Perfeição! A letra, a melodia, os riffzinhos do edge que deixam minha vida melhor, a batida tranqüila e certeira de mullen jr., a vocalização magistral do bono e o baixo sangüíneo do Adam Clayton fazem tornam essa canção um perigo pra minha direção, pois não só é a típica música de estrada, das quais tenho muitas, mas a vontade é de acelerar. O mais legal disso tudo é que eu não me lembrava dela, já tinha ouvido, óbvio, mas não lembrava. Vejam o título, vejam a letra (embora eu acho que quiseram falar inicialmente da guerra), foi muito legal ter caído essa música, vou passar pra pen e ouvir no fone amanhã, indo pra atibas, na minha Fernão dias velha de guerra. Quando eu comecei a me talhar de verdade, conheci essa banda e, desde então, suas músicas estão presentes nos mais variados – e inusitados - momentos. Daria perfeitamente pra fazer um soundtrack só com elas. Aliás, deu vontade e farei. Por hora, fica a vontade de dirigir e a dica pra ouvirem a minha música favorita de todos os tempos, lugares, bandas e cantores: heartland, do mesmo u2, que seria a música pra dirigir, por excelência.

Flashback: Meu amor meu bem me ame – Zeca Baleiro

Caramba, como é demorada essa brincadeira. Mas tem a ver, não a letra, mas a batidinha, pensem em mim no meu passeio favorito, passear no centro velho da metrópole, pensando no passado, ou seja: flashback. É assim que sou feliz, olho no futuro, mãos acariciando o passado, respirando os presentes do presente (acho que as considerações passarão a ser mais curtinhas rsrs).

Casamento: - Somewhere over the rainbow por Ismael (vixi) Kamakawiwo’ole.

De novo deu certinho. É a versãozinha do 50 first dates, o melhor filme romântico dos últimos tempos. É a melhor maneira, e a mais difícil, de se amar, todos os dias como se fosse o primeiro. Quem não assistiu, assista. Agora, lembrar da versão clássica me obriga a descumprir o pacto de não escrever nada aqui do meu casamento: discutíamos pq eu não queria essa música pra tocar na igreja, pq achava muito chavão. Só que, ainda bem, cedi. Pq várias pessoas vieram falar que adoram qdo a tocam em casamentos. Pena que eu não conhecia essa versão do kamaka bláblá.


Nascimento do Filho: when love comes to town – U2

Ehe, qdo meu filho nascer, a cidade vai se encher de amor. Ah, vai.

Batalha Final: north and south of the river u2
Desculpa aí, mas eu tenho absolutamente todas as músicas do u2 no computador.

Essa música não tem a ver com batalha final, mas a melodia pode sugerir aquele campo de guerra medieval, justamente após a batalha final, com a mortaiada, umas fumacinhas, ta doido, bate na madeira de novo.

Cena da Morte: party sequence – pink floyd

Eu sei que vcs vão pensar que roubei, mas essa seqüenciazinha aqui, com esses tamborezinhos indianos e flautinha de fundo, realmente pode sugerir mesmo uma cena de morte meio feia.

Música do Funeral: learning to fly – tom petty
Eba, achei meu cd do tom petty, no meio das coisas da minha irmã, depois de cinco anos pensando havê-lo perdido. Está direto no som do carro. E essa é a minha música preferida. Teria mais a ver com o tema “dirigindo”, até pq é a minha música atual de dirigir, mas podemos pensar num Madureira alado olhando as pessoas no seu próprio funeral, seguindo pro céu (eita pretensão), com saudade dos que ficam e vontade de ver os que foram.

Créditos Finais: Time stand still – Rush

Gostei, o filme começa noir mas termina americaninho indie. Adoro essa música, fiz minipost a pouco
tempo com trechinho dela.
Repito-o e elevo-o a lema dessa semana que vai se terminando:
Time stand still/I'm not looking back But I want to look around me now/
Time stand still/See more of the people And the places that surround me now”.
 
FIM

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Cacemo-las.


Do pouco que me lembro da aula colegial de literatura, tem uma informação que dá conta ser o romantismo caracterizado pela vinculação constante do exterior, como clima, paisagem, cores, com o estado psicológico do autor.
Asi que soy romántico. Mas acho que só nesse aspecto, constato.
Alie-se tal qualidade à já conhecida falta de suficiente conhecimento técnico sobre a sétima arte e tem-se que os filmes de que gosto são os que se misturam de alguma (ou muitas) forma(s) à minha vida.
No entanto, uma cena vista hoje, mesmo por um nulo na arte como eu, tem uma beleza que me obriga a tentar descrevê-la: vê-se um menininho largar a pipa enquanto o outro a empina, a pipa sobe e a câmera acompanha, de frente, até um ponto em que muda bem rápido a tomada e já se vê a pipa de cima, com a cidade toda embaixo dela. Isso junto com a música que tava tocando na hora deu um negócio forte e bom em mim.
Um dos muitos negócios bons, negócios meio bons, negócios bons mas que quase me fizeram sair da sala (vou contar, vai: quem quiser saber como era meu pai, repare no pai do ator principal. O foda foi que a semelhança foi aumentando, aumentando, até o final da participação dele. Aí meu, até a miseme ficou preocupada comigo. Mas depois passou). Negócios que eu não devo contar aqui, pra não perder a graça, mas digo que é um filme cheio de detalhes, de nuances, que vai me fazer fatalmente ler o livro, assim que terminar o amor nos tempos... que já tá na metade.
Algo sempre bom de ver, e que hoje estava explícito, é a segunda chance, o fato de que "há uma forma de voltar a ser bom". Isso existe, é real, no Afeganistão ou na Vila Mariana. E dá alento.
Fora isso, a guerra. A guerra me faz ter um medo estranho. Um medo, penso, do que já vivi, eu que acredito em vidas passadas e presentes e futuras. Um medo do que devo ter sofrido, do que devo ter feito sofrer. E uma sensação de curiosidade sobre o que cada um de nós faria, na hora do "vamo ver". Sou um cara pacato, mas sei que nessa hora eu seria como o pai do cara. Pq na minha veia corre o sangue misturado de dois homens que pegaram a vida à unha, tiraram-na pra dançar e bailaram o quanto puderam. É assim que eu quero ser e serei e, de certa forma, já estou sendo. Mas vamos potencializar isso, certo, pipa que vela por mim no ar? Saudades de vcs dois, sempre.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Festinha de aniversário. Amanhã, às 20:00h. No salão de festas. Comunidade gaudéria dobê está convidada.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Estou no período de três dias sem parar de pensar no filme. É sempre assim qdo vejo um filme, uma peça, uma exposição, qualquer coisa muito boa.

É impressionante como todo amor visto de longe é o mesmo. Vc tem que firmar bem a vista pra a(e com)preender as nuances. Parto sempre da premissa de que, se Gabriel García Márquez escreveu, é bom. E foi. Não vou fazer sinopse do filme em si, primeiro pq todo mundo já assistiu ao amor nos tempos do cólera, segundo pq não sei fazer mesmo. O livro foi comprado em seguida. Mas não pra mim. Fujamos da bobagem de comparar pitanga com carambola, azul com amarelo, livro com filme.

O amor que vence o tempo. Não é a primeira vez, nem a última, que isso vai ser retratado. E isso não importa. Importa é que foi retratado de uma maneira, prestem atenção para a profundidade do conceito: muito bacana. Se todos nós mudamos, porque algo tão inerente a nós não mudaria? Sim, o amor muda. E quem não sabe enxergar isso pensa que o amor acaba. Aí, os mais afoitos já emendam que: se acabou, é pq nunca foi amor. Essas coisas assim, tipo leite com manga, tomar banho depois de comer.

Me gustan muchísimo los nombres de Gabriel: desde o inigualável Aureliano Buendía, ao Florentino Ariza de hoje à tarde.

O amor muda conforme mudamos. O que não significa que perca a sua intensidade. Obviamente um amor pode acabar e, ainda assim, ter sido amor, já que manga com leite, definitivamente, não faz mal. Mas isso não é regra, nem exceção. Fatos acontecem e, dentre eles, os amores de décadas, os amores “pra sempre”.

Esse filme é essencialmente um filme triste, embora com algumas tiradas cômicas, outras “apenas profundas”. Saí da sala com uma certa sensação difusa, que ainda não elaborei direito. Essas sensações que costumam dar qdo se assiste a algo maior do que a sua mente pensou até agora. Ou apenas diferente. Aí vc pensa nisso durante uns dias, chega a algumas conclusões, ou não, e o resultado disso tudo é cultura agregada e vc fica uma pessoa um tantinho melhor que antes.

Eu vou pensar nos próximos três dias no que seja o Amor, sei disso. Foi o tema que García (ah, esses Garcias) Márquez e o inglês diretor do filme lançaram pra semana.

Só essa musiquinha da Shakira, que podia sair um segundinho da minha mente já, não?

Minha resolução é de passar seis meses sem fumar um cigarro, deixar as três unidades a que me dei o direito pro segundo semestre. Ainda bem que tô mais firme nas resoluções nesse iniciozinho do ano (principalmente as das listas dos desejos, como homenzarrões dizem) pq a vontade agora era pitar um de palha na varanda pensando nisso tudo. E descobrindo que sensaçãozinha chata é essa, saqueto. Boa semana a todos.

domingo, janeiro 06, 2008

trás pra frente

Gargalhadas e vinho tinto, seis crianças de trinta e poucos discutindo profundidades e jogando imagem&ação.
Arrumação hard rock no escritório, muito do lixo acumulado devidamente distribuído em sacos para a reciclagem. muito lixo, dio santo.
Insanidade em gastar tanto em roupas... pra neve!
Conversinha mole na fila do poupatempo, bonita moça, já sumiu no mundo e eu nem me apaixonei.
Reticências machadianas.
Uma sobremesa criativa e muito boa. a melhor pizza do brasil, aposto. uma cerveja alemã de cerejas. o sorriso franco e aberto que me ilumina há dez anos. constatação boa: comemoraremos dez anos de namoro entre pingüins.
Salto.
1997-chega de mulheres erradas. preciso me acalmar. viagem pro centro geodésico da américa do sul e de mim. renovação. caminho aberto para conhecê-la.
***************
Chega de lembrar de trás pra frente. A última constatação da noite: há dez anos, essa viagem aí mencionada de 1997, que merece outro post. Ao centro geodésico. Dez anos depois, uma viagem pro extremo sul. Sim, eu acredito em sinais que invento pra me darem sorte.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

APAPÚ!

O dia estava delineado: ir ao poupatempo cedinho (esse é o oficial, parece que tem um genérico chamado tudofácil, se não me engano [só um chiste, só um chiste]), enfim, ir lá pra tirar um RG novo, pois no meu atual consta o topete do dylan, dos barrados no baile, no único dia de minha vida que penteei o cabelo pro outro lado, numa camiseta do batman, com um tucaninho do psdb espetado¹. Em seguida, já que tá lá mesmo, veria um processinho, e depois subiria pra paulista pra comprar uma máquina fotográfica decente. De quebra, encontraria miseme pra pegar um cinemex e terminar bem a semana curtinha.
Pois bem.
Deixei tudo certinho, como não fazia desde uns três anos, deixei três, minha gente, TRÊS!!! míseras coisinhas só pra fazer hoje: pegar o famigerado RG antigo, colocar na pastinha a revista de fotografia com milhares de opções, pra escolher o modelo da máquina, pegar o envelopinho com o tutu que minha mãe deu de Natal e desbravar a metrópole.
Pois bem.
O prenúncio já não foi muito bom. Ao fazer a barba, noto uma espinha no queixo, sendo certo que faz uns dois anos que não me aparecem espinhas assim (normalmente, sói e dói acontecer em datas importantes, como meu casamento, ou datas permanentes, como a de uma foto de RG).
Até aí blz, foi o primeiro apapú do dia, mas miseme apareceu com um fenomenal lápis secativo do boticário, que fez sumir com o vermelhinho no ato.
Pois bem!
Eu revirei o apartamento, atrás do RG antigo. Eu revirei o apartamento! Exausto, olhei o regulamento do poupatempo, vi que não era necessário, só demoraria um pouco mais pra sair. Dificilmente encontraria a senha pro rg, em todo caso, arriscaria, era só pegar a revista de fotografia, o envelopinho com o dinheiro e... kd a revista? kd o envelopinho??? São Longuinho tá me sacaneando, não é possível! desencanei logo da revista, até já sei mais ou menos o modelo que quero comprar, mas sem o envelopinho, já era câmera digital, só me faltava fazer o quê??
Revirar o apartamento.
POIS BEM!
Eu revirei. Guardei os kimonos do aikido, separei um sacão enorme de roupa pra dar, ordenei as gravatas, tirei todos os livros do lugar, procurei em todos os possíveis blasers (minha primeira conta corrente abri no blaser bank, o único da época), e nada.
Tudo bem que nessa até achei a revista e o RG, mas o mais importante... nada.
Agora resolvi espairecer um pouco, antes de destruir toda e qualquer arrumação desses quatro anos de apartamento, até achar o meu rico dinheirinho.
Ah, São Longuinho, eu vou te dar os três pulinhos ainda, mas precisamos ter uma conversa séria!
***
ÃPIDÊITIDI: Deu certo, Danimusa!!! A técnica do powerjump pro são longuinho foi infalível!
***
updated agora só pra diversão. e espantar o mosquito do açucareiro, se preciso.
¹

quinta-feira, janeiro 03, 2008

VEM, VIDA!