domingo, outubro 28, 2007

Júbilo!

Minhas maltraçadas linhas foram lidas por uma visita muito especial!
Foi a viquita que me falou.
Só fiquei na dúvida de qual post falavam.
E deu fome na viquita justo na hora que ia me contar.
Acaba logo, sanduba.
Faz a Vica voltar.
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tricolor pentacampeão, felicidade
corintians adiou o descenso.
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Preguiça de contar a epopéia de ontem.
Tentemos resumir:
Dois casamentos, um em itapecerica às cinco e meia, outro aqui mesmo, às oito e meia
Fomos em itapecerica: no carro da frente: golb, juruba e jurugolbinha.
No carro de trás: eu e miseme
Começa a chover. No celular, juruba alerta: costuma alagar em taboão.
Otimismo usual: imagina, chuvinha de nada
E a chuvinha aumentou. E aumentou, e aumentou, até solidificar.
Felice (meu carro novo) foi batizado: com lama, com granizo e com alagamento.
E güentou firme e forte.
Mas nem conseguimos chegar. Demos meia volta.
Caos total.
A seqüência das placas era uma letra de rap: salve manos do jardim pirajuçara, campo limpo, capão redondo, vila não sei quê, parque novo não que lá.
E eu e o golb de terno. E a juruba e a miseme de longo. E anoiteceu.
E ficamos quatro horas no trânsito do fim do mundo.
Mas um dia até rirei disso. Hoje, ainda não.
Enfim deu pra chegar ao segundo casamento.
Eu não parava de lembrar da flavinha com nosso uniforme de colégio (ridículo, por sinal, desculpa flavinha).
Ela tá igualzinha.
Não ficou careca que nem eu.
Pedi pra ela fazer um favor pra mim: pra ela ser muito feliz com o Cesar.
Ela disse que vai fazer esse favor.
Sei que o primeiro uísque desceu que nem skol, em homenagem à epopéia.
Eu nunca mais, entendam bem, NUNCA MAIS tento ir a um casamento em Itapecerica. Nem em Taboão. Nem em Embu-Guaçu. Casem-se em São Paulo, por favor.
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No prédio da frente, a vica sabe, reside a vizinha pelada.
A vizinha pelada é branca branca, tem uns coxões beeem anchos, mas, enfim, é a vizinha pelada.
Ela trabalha bastante e não namora, porque nunca vi mais ninguém pelado ali.
Se bem que, daí, podem fechar a porta de correr, vai saber.
Ela adora televisão, telefone, gatos e coca-cola.
Um dia estava tomando algo na xícara. No que pensei que finalmente variava, completou o recipiente com coca-cola.
Poderia muito bem existir um city tour aqui em casa pra ver a vizinha pelada: do quarto, vêem-se a cabeça, as mãos que seguram o telefone, a coca-cola e o controle remoto, além de afagar o gato.
Do escritório, vêem-se a barriga onde se aloja por vezes o gato e as coxas.
Da sala, vê-se das coxas até os pés.
Enfim, eis a vizinha pelada.
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finalmente, vamos às contra-razões.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Eu hoje pisei no bairro
E o bairro andou em mim.
(e lembre-se que blog tem que se ler de trás pra frente, de baixo pra cima)
crio novas postagens como se desfolhasse samambaias
quem teria saudade de mim se eu batesse as caçuletas hoje?
eu to com raivinha desse dia
e não pode, que é pecado
eu to com raivinha da minha inércia
e tudo que com ela se confunda, senhor bunda.
Turbilhão de idéias
Já estou sem tempo
Não comprei água
Não fiz o que devia fazer
Fiz o que quis
Não queria querer
Mas quis
Então fi-lo, janio quadros
Eu queria beber
Mas não vou não
Amanhã já vou beber
Amanhã eu quererei de novo
Eu não to com vontade de ir
Nem propriamente de ficar
Eu não quero querer muito não
Mas também não quero deixar de.
Eu hoje definitivamente andei no bairro.
Eu hoje pisei em ovos
Eu hoje jogaria ovos em transeuntes
Transeuntes
Untes
UHN, nhaca.
Venho aqui pro DO B quando quero falar e quero sossego
Minha única leitora foi ter com peixes gordos nordestinos
E o sossego virou silêncio sepulcral.
Mas é bom, sepulcral não é a idéia.
Eu tive um disco do sepultura
LP
Mas isso também não é o caso.
Hoje eu andei no bairro.
Fui perguntar pros olhos azuis se lá tinha spinning
Ela disse que sim, mas o horário não bate com o meu
Ela tem voz de fumante
Seria muita contradição.
Sucumbi e confirmei: spinning é o da bicicleta, né?
Pronto, já vimos que nossos mundos são opostos.
***
Eu hoje andei no bairro.
Após os olhos azuis, cheguei pro verdureiro botando banca
Quando é que chega a porra da lichia?
Novembro é o mês da lichia.
***
Eu hoje andei no bairro
E remarquei a primeira aula da viola caipira
A moça estranhou eu querer viola caipira
Ninguém quer
Eu costumo querer dessas coisas, moça
Das boas coisas
Que ninguém mais quer.
***
Eu hoje andei em mim
Imagem rediviva vc indo nua
Sorrindo buscar um copo d'água.
Doze anos depois vc vem me falar que sonha comigo
Escreve um roteiro difuso
E some.
Não, não seria o caso de voltar atrás.
Nossas condições não permitem, nem nossa vontade, convenhamos.
Mas sim mais atrás.
À época em que não sonhávamos que vc fosse buscar nua buscar um copo d'água.
À época em que vc lendo oswald me esperava acordar.
Eu compraria geléia e bolachas pra gente jantar.
Hoje a minha cutucucadora de inconsciente me perguntou umas coisas
E surgiu vc e a época toda.
Nossa história é o roteiro difuso
Me confundo com datas
Me confundo com ordem dos acontecimentos
E até com os acontecimentos em si.
Eu não ia escrever sobre isso
Mas veio
E se tem uma coisa que eu aprendi a respeitar
São essas vindas.

terça-feira, outubro 23, 2007

Senhora Dona Marisa Monte, minhas desculpas.

As primeiras desculpas vão pelas parcas palavras de que disponho pra contar aqui o que eu vi a senhora fazendo na tardinha de domingo, pra mim e pra mais aquela gente que se reuniu. As segundas vão por ter-lhe quase xingado, justo a senhora, que tanto fez para clarear minhas idéias entradas no mundo adulto, quando muito do que eu então ouvia ou sentia não fazia mais sentido. A senhora me pegava pela mão e explicava um pouquinho melhor o que acontecia, com aquelas sílabas agudas e aqueles arranjos sinceros, enquanto eu espiava por uma janela qualquer da vila clementino e escolhia meu futuro na prateleira da vista paulistana.
Eu quase lhe xinguei pois minha mulher (aí vão as terceiras desculpas, fui levado pela minha mulher, e não o contrário, ouvir o que a senhora tinha a nos dizer, no domingo a tardinha, mas tudo bem, eu 'amo ela' mesmo, então tá tudo certo), pois minha mulher comprou os ingressos pro dia do espetáculo tricolor, em que toda minha família e todos os meus amigos e todos os colegas do trabalho (todos os que sabem das coisas) estavam no Morumba, assistindo meu tricolor praticamente selar o pentacampeonato. Eu xingava e esperneava e chutava a parede que queria ir ao jogo, mas com isso não daria tempo de estar às 19:00h na Via Funchal, pro encontro. Não xinguei, mas cheguei a desafiar: essa mulé vai ter que cantar muito hoje, pra eu ficar feliz.
E o que a senhora fez, Senhora Dona Marisa Monte? Naquele breu todo da primeira música, a gente só ouvindo e adivinhando penumbras, a senhora chegou pra mim e falou: olha, menino, vc é isso, aquilo e aquilo outro, vc é essas coisas que andou esquecendo quando optou por ingressar no turbilhão da realidade caótica, lembra agora? Dança assim com a cabeça, se tiver lembrado. E eu dancei assim com a cabeça, com os pelinhos arrepiados pela primeira vez naquela tardinha.
Na segunda, na terceira e nas demais músicas, Dona Marisa, eu reitero minhas primeiras desculpas, pois me faltam as necessárias palavras. Catarse? Arrebatamento? Fruição? Gozo? A senhora me deu vontade de mastigar os sons que emitia. Mergulhar de roupa e tudo na piscina daqueles acordes, arranjos, harmonias, eu não sei os nomes, meu deus do céu. Eu repiava e dançava e olhava em volta, todos assim também, a senhora dona inverteu o milagre, desmultiplicou as centenas de fiéis e fez-nos parecer melhores amigos em pós-aula, sentados em círculo ouvindo e dançando assim com a cabeça. Ah, a senhroa fez isso sim.
Foi um show de mpb, de samba, de rock, foi o que a senhora chamou de 'festinha' no final, foi tudo misturado, foi um coquetel harmônico, foi um bolo de cenoura foi a letra de 'diariamente' subliminarmente cantada o tempo todo, pq 'diariamente', dona marisa, é A música, é A minha visão resumidinha da senhora.
O turbilhão da realidade me chama, eu sempre prometo revisar e melhorar o texto depois de publicado, mas até agora isso nunca aconteceu. Em todo caso, faltou dizer umas coisas. Sabe aura, dona marisa? eu não enxergo, mas ver a senhora dançando com a voz e cantando com o corpo, a imagem que ficou era a de que a senhora cantava por uma extensão, como se eu pudesse imaginar emanações de energias boas fluindo a um tempo tênues e vigorosas da tua voz e do teu corpo e da tua expressão facial e de todo um monte de nomes e coisas que vão me faltando, nessa agonia de sair correndo. Realidade, aprenda com a senhora dona marisa monte e me deixe feliz e em paz pra poder pensar direito, realidade.

sexta-feira, outubro 12, 2007

só as gaú-chas! uh uh uh uh uh. champagneri-a! uh uh uh uh uh

A Adri Baldino parodiou o batatinha quando nasce. E tirou dalgum neurônio fechadinho a antiga dúvida se o "se esparrama" foi um derivativo de "espalha a rama", ou só coincidência. Mas hoje é feriado, foi só pra constar.
A Adri Baldino estava na foto da champagneria.
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A Vica está nesse momento viajando com o Centroavante Tricolor. Merecidas férias, consoante verifico em seus posts e nos messeênes da vida. Divirtam-se.
A Vica estava na foto da champagneria.
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Da musa eu não sei muito, além de que me deslinkou sumariamente rsrs (desculpa, a campanha precisa continuar).
A musa estava na foto da champagneria.
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Da Danifisha eu sei muito, embora faça tempo que eu não faço às vezes de ombro, nem ouça nem leia suas gargalhadas. Mas mesmo com a distância (não tô falando de SP-RS, mas de falta das gargalhadas), sinto que, se a gente se encontra, vai ser como se fosse o dia seguinte em que eu comprei e filei marlboros e dançamos na casa da jurubeba (que aliás, é um tantinho gaúcha).
A Danifisha estava com seu cabelo novo na foto da champagneria.
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Esse era um blog pra falar do tricolor sem a chateação do golb, lá do madureiras. Sei que é meio falido, pq não atualizo direito e tal. Mas no fim virou um lugar pra enaltecer essas gaúchas todas. Bom feriado.