sexta-feira, julho 31, 2009

Passei de fase

Revisto-me de fúria e coragem, gozo e alegria, embalo vontade, queijo e goiabada no embornal e sigo a nova fase de meu rumo, aos meus grandes sertões de metrô. Deus me ajude e me coloque sempre as pessoas queridas por perto. Com um tanto de saúde e pensamento na ação, eu faço o resto.

sábado, julho 18, 2009

Eu vi um caminhão azul. Ford, frente quadrada, robusto, bem usado, mas inteiro. E azul. Dei passagem, pois estava na alça de acesso para a alça de acesso da Radial à Penha. Eu estava longe de tudo o que conheço e a preferencial era do caminhão azul. Vestia meu terno usual, colete de lã pelo frio, gravata melhorzinha no meu fit e vi que estava tudo errado. Pois quando eu brincava com meu caminhão azul, de frente quadrada, robustinho, eu levava sacos de café na caçambinha para o moço de santos, de onde o café partiria para outro continente. Era assim que o meu avô explicava quando me deixava guiar a sua Toyota e aquela Toyota, junto com meu caminhãozinho azul no banco ao lado eram veículos para a felicidade. Eu jamais usaria gravata e precisaria tomar providências drásticas pra aguentar uma barra mais imaginária que os sacos de café no meu caminhãozinho, barra-fruto de desencontros entre repartições públicas que pudessem me prejudicar. Meu avô explicava: era plantar, cuidar, esperar, colher, secar, descascar, ensacar e levar para o porto de Santos, que eu não fazia idéia onde ficava. Não haveria erro. Ou os erros que houvesse, eram absolutamente administráveis.
Em Santos hoje eu sei que fica a instituição para a qual eu devo entregar uma dissertação, a qual simplesmente está pela metade, sem nenhum avanço há meses, por algum motivo perdido nos desencontros, não entre repartições, agora. Desencontros entre os meus caminhões azuis, o de plástico e aquele para o qual eu dei passagem, na alça de acesso à alça de acesso da Radial à Penha.
Dirá alguém que eu nunca guiei a Toyota, que na verdade eu apenas sentava no colo de meu avô e ele embreava, acelerava, freava e estava atento para, em qualquer movimento em falso, reassumir o volante. Dirá esse alguém que esse fit, pelo menos, eu guio e decido prudentemente dar passagem ao caminhão azul, para que ele não me amassete.
Eu replico: será?
E num segundo post começado assim, sem solução de continuidade, eu penso em Deus. Não há espaço para Deus no mundo do twitter e dos blogs, pois todos devemos ser hilários e sarcásticos. Nosso humor ácido deverá cumprir suas muitas utilidades, como demonstrar nossa inteligência e perspicácia. Assim, diremos ao mundo que somos a resistência silenciosa para as iniqüidades, sabemos lidar com elas e principalmente aceitá-las. Seremos práticos, sintéticos, cento e quarenta vezes objetivos em nossas avaliações críticas. Assim nos situaremos em nosso momento histórico e poderemos até ser retwittados e comentados.
É inadequado dizer que o que mais quero é que Deus deixe, igualzinho ao meu avô, girar um pouquinho esse volante.

sexta-feira, julho 03, 2009

JUÍZO, ARIANNE.

Eu devia ter salvado a conversa de agora, devia nada, a única salvação possível é deixar fluir e fruir e viver apenas na memória, até que nunca mais se lembre da conversa em si, mas apenas o sentimento bom se junte a tantos outros e na hora do reencontro a gente estenda o braço pro abraço e gargalhe quando a pessoa deixa cair o pacotinho de "erva-mate" do bolso, todo envergonhado pelas nossas esposas.
*
Enfim, foi um grande encontro, ainda que pelo msn, o do Ferreirinha comigo agora há pouco.
*
Não tem nesse mundo mais ninguém pra eu falar da chuva, da poesia, do passado e do presente senão com o meu amigo Mané Ferreirinha. Só com o Siddartha, mas esse precisa estar bêbado e ele quase nunca está ou se está não vem falar comigo.
*
De maneira que o meu amigo Ferreirinha me abriu a mente. E me fez tomar Juízo.
*
Comprei Juízo em São Thomé das Letras há cerca de dois anos e só hoje fui abri-lo. É bebida de médio teor alcóolico, elaborada a partir de destilado de cana (autêntica pinga da roça), canela, cravo, puro mel de abelha, SASSAFRAZ e especiarias.
*
O meu amigo Manezinho representa uma de minhas possibilidades, que deixei passar. Embora sem o talento dele, o Madureira aqui sempre teve um gosto pela arte desmedida, pela aventura, pela essência e pela cultura. E o Manezim é fundamental porque de tempos em tempos, como hoje, vem me lembrar disso.
*
Aceitou o desafio de continuar e salvar esse texto logo abaixo, que sei estar uma bosta, mas Manezinho é messiânico por natureza. Ele para tanto tem o prazo de 15 anos.
*
Manezim, tantas coisas. Manezim me lembra o seo Artur, o melhor ser humano do mundo, pai do nosso quase legal Bronza. Que em vez de desejar felicidade, deseja "muitas coisas boas procê". E vc sente as muitas coisas boas do seu Artur chegando para ficar.
*
Só pra vcs terem idéia, ele sempre desejou muitas coisas boas pro filho dele e daí hoje elas se chamam Bárbara, Natália e Maria, pela órdi.
*
E isso não é obra do Juízo. é do juízo mesmo.
*
Fato é que assim ficou combinado: o Manezim fica incumbido de continuar meu texto e eu me encarreguei de achar a Arianne pra sairmos passear no mercadão, assim que eu virar mestre. Ou antes disso, se bobear.
*
Bom fim de semana a todos.

Ao comentar o post da minha querida amiga daniella, lembrei do meu pavor por presuntada (o certo penso ser apresuntado) swift. Aquelas que vc enganchava uma chavinha na ponta da lata e ia desenrolando (tá, isso era legal de fazer, quando não se talhava o dedo).
Trauma de pré-adolescência, assim como I'm still loving you, a que também aludi no comentário? Talvez. Fatos são que ouvir aquele solinho inicial é o mesmo que mastigar papel alumínio e não posso LEMBRAR do cheiro de presuntada sem engulhos, eu que tanto adorava, antes. Vá se entender.
Passei também sete anos sem poder sentir cheiro de vinho sem ter estrimiliques, as pessoas sabiam e judiavam e punham vinho pra eu cheirar. Mas isso é outro post. Recuperei, graças ao bom Deus, já que, afinal, sou amigo do bronza e seria a judiação master se eu não pudesse com vinho ainda.
Tô tergiversando. Venha o que vier.
E virá o Valdirzinho!!!
Filhote da Val e do Dir, esse menino pode ainda não ter nome, mas apelido já tem, né, valdirzinho? E já tem um monte de gente que "ama ele".
Agoniado por não ver há tanto tempo a minha afilhadinha. Tomarei providências a respeito nesse exato momento. Bom, providências não surtiram efeitos, mas dentro em breve a verei.
Tão logo acabados os prazos da semana, nova publicação confirma: esses todos eram a marolinha que precede o tsunâmi. Autos comigo, lembro que os outros 73 corréus (horrrrível acorrdo grrramatical) devem estar furibundos com a cartorária, que deve estar furibunda me ligando no trabalho e eu estou aqui, postando antes de atacar as contrarrrrrrazões. Mas não houve dolo, só me atentei para o fato qdo cheguei em casa. Chega de dereito.
Mudaram o nome da cidade pra Porto Triste, em pouco mais de 24 horas.
Carol, pare de ler aqui.
Eu avisei.
Mas é um cavalo paraguaio mesmo. Mais um início de corrida brilhante, garboso, consistente, mas falta-lhe o fôlego no final. Visualizo um charlie brown com a camisa do gaymio e a Lucy com a camisa do cruzeiro (ou do são paulo, ou do boca) tirando a bola na hora de ele chutar.
De resto, uma novidade bombástica que não vou contar aqui. Não tão bombástica como todo mundo pensa antes de eu contar novidades bombásticas. Não, ainda não vou ser pai. Mas, enfim, é uma novidade bombastiquinha.
Aliás, tchau.