segunda-feira, março 29, 2010

AS FÃS DE CHICO DÃO GOSTOSO.

Pronto, contei a teoria.
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A única regra pra qual não existe exceção.

quinta-feira, março 25, 2010

Para a Anônima da Boina...

To pensando em votar no Serra, já que a disputa vai ficar entre ele e Dilma, mesmo. Dilma tá fora de cogitação, então é pra alternar os grupos no poder, democracia, sei lá. O que vc acha??

terça-feira, março 23, 2010

Para o crivo do Golb.

Tinha fome, há quinze minutos atrás.
Esposa deixou listinha para compras que não fiz.
Geladeira e despensa light, de lanchinho tinha queijo branco, pão de forma e torrada. Só.
Não gosto de queijo branco. Sem graça demais.
Em todo caso, cortei 3 fatias generosas e pus num pão de forma.
Não gosto de pão de forma.
Aí, baixou uma entidade.
Peguei o espremedor de batatas.
Nele espremi as fatias de queijo branco.
Espremi um dente de alho.
Reservei (haha).
Picotei cheiro verde.
Peguei a tigelinha.
Joguei todos os ingredientes.
Peguei um socadorzinho de caipirinha.
Massaroquei tudo.
Reguei abundantemente com azeite extra-virgem.
Salguei a gosto.
Desprezei o pão de forma.
Abri o pacote de torradas e passei a massaroca.
Tá uma delícia, Golbery!
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Tipo, o espremedor de batatas faleceu.
Duas broncas para a esposa dar com gosto: não fiz compra e quebrei o espremedor de batatas ao meio.
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Mas fiquei orgulhoso de mim mesmo, rapá!
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Fim.

segunda-feira, março 22, 2010

Enfim, outono, você chegou

E esse ano me trouxe até presente, como a tia Beth que vinha uma vez por ano da Inglaterra com regalos magníficos (como a fita cassete do thriller, em 82) e eu identificava o cheiro bom da Europa, até hoje não sei explicar.
Você não veio da Europa, não me trouxe michael jackson nem o inesquecível labirinto de bolinha de mercúrio, mas, no dia em que chegou, sexta passada, veio contigo o tão esperado clic. Sem medo de me precipitar, abrindo assim, ontem - domingo - senti a felicidade outonal de produzir.
Produzir.
Eu, que anteontem esqueci de falar sobre você, hoje escrevo para agradecer.
Se esses escritos pudessem ser lidos por milhares de pessoas, eu só diria assim: repara no entardecer do outono, não deixa isso passar mais um ano, cáspita!
É minha segunda celebração pessoal: a primeira, o reveillon, no dia de Maria, 11.01. E, agora, a vinda do outono.
Sem mais. Sente o outono você aí. E, se calhar, me conta.
Boa época!

quinta-feira, março 18, 2010

Textinho bem tradicional

Como de costume, é o que penso que vai sair agora.
Não dá pra trabalhar pensando em outra coisa, então vamos lá.
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Épocazinha bem difícil, embora aparentemente na calmaria. Vamos que vamos. Força e fé. Mete ficha. Mete o pau. Interessante: minha mãe me acordava pra ir pra segunda série com a mesma entonação que minha mulher me acorda pra fazer a dissertaçaõ. Só mudam as frases de mesmo sentido.
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Pequena loucurinha financeira, estimulada pelo amig'olb. Brinquedinho bem bom, no mais.
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Tirante isso, as antiférias têm-me escorrido. A cada dia, arrumo uma peneira com furinhos em menor número e tamanho. Com a expectativa de, um dia, poder chegar ao leito do rio com uma travessa. Estamos trabalhando forte pra isso.
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Hoje falei com vc, Maria, pelo celular do teu pai. Diz que vc ficou prestando muita atenção e não queria devolver o telefone. Vc sabe que teu dindo se esfarela com essas coisinhas tuas, né? Coisa mais linda. No sábado, tia Glaura e eu comentávamos, como um pai tão feio conseguiu fazer duas criaturinhas tão lindas assim. Salve dona Braba! Mas seu pai fica falando que embonitou com o tempo... eu deixo ele pensar assim, né, Maria linda? Melhor não contrariar.
Ele fez uma judiação muito grande com vc e me contou ontem: fez vc vestir a camisa do corintians!!! Eu to pensando seriamente em ir ao Conselho Tutelar pegar tua guarda, na qualidade de padrinho.
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Enfim, é muito bom ter uma afilhadinha. Ainda mais uma coisinha fofa e linda e simpática e carismática, como é a minha.
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Eu ia perguntar como é que consigo manter o bom humor, ficar relaxado, com uma luta interna tão grande? A resposta está aí: pessoas mencionadas nesse post, além de várias outras: mãe, esposa, amigo, amigas, afilhada... Tudo fica suave.
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Hoje tem reunião de condomínio no prédio novo. Quem me conhece sabe que adoro uma reunião de condomínio, bife de fígado e mocotó, podem franzir o nariz o quanto quiserem.
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Arianne comentando meu facebook me dá um contentamento grande. Um simples "uhuu" me remete a muitas coisas boas. O café, como ela disse, está na superfície e a amizade no fundo do lago. Como diria o dj, "i have to praise you, like i should".
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Sei que passa da hora de me "fechar" pra algumas coisas tão aprazíveis. Relação de amor e ódio com a palavra mais citada pelo atual equivalente léxico de pequenos-burgueses, mauricinhos etc: "foco". Sei que passa da hora de eu catar isso pra mim, com minhas unhas cortadas por trim. Foco.
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Saúde a todos. E tchau procês.

quinta-feira, março 11, 2010

Esse aqui foi escrito em 06.02.2008.
E seus comentários são utilizados pra diálogos estranhos em inglês, ao que parece, por gente estranha e esquisita. Cansei de deletar os comentários, então deleto o post. Vamos ver o que eles fazem.

Dois parágrafos muito bem escritos, modestia às favas, acabam de ser deletados. Desejo de enxugar, pois o assunto é longo.
O tempo passeia ao lado de uma crescente mania minha: a de um certo exclusivismo. Toda viagem é dupla, pois justamente viajar é a intenção de exclusividade por excelência, na medida em que nos destaca do nosso contexto e, fatalmente, cria dois caminhos: o roteiro em que se passeia pelo planeta e a trilha interior, pela qual se conhece um pouco mais. E já vamos nos estendendo novamente. Enxuga.
Passeei um dia de domingo quente pelo chão de Buenos Aires. Frui a feira de Santelmo e lá comprei um livro. O resultado, exclusivo, é que, antes da página escrita em três linhas, mecanicamente assim: "biblioteca. gabriel garcía márquez. El amor en los tiempos del cólera", ele leva outra, em cinco linhas assim manuscritas: "(minha assinatura). feria de santelmo. 13/01/2008. 20 pesos igual mais ou menos18, pechinchando)".
Num outro post descreverei a delícia de pensar no passado de um livro comprado em sebo. Neste post, conto que, semanas antes, assisti ao filme inspirado no livro. Aliás, repito, porque sobre o filme já escrevi.
Na saída do cinema, comprei o livro pro golb. E como só tinha dinheiro pra um, esperei a oportunidade de comprar o meu. Melhor não poderia ter sido. Na Plaza de Mayo comecei a lê-lo (exclusivismo) e foi difícil parar. Esse livro foi saboreado. Página por página, parecido como Florentino Ariza meticulosamente viveu sus cincuenta y tres años, siete meses y once días con sus noches para realizar o seu sonho. O Golb estranha que GGM consiga criar de um jeito tão realista personagens, lugares, épocas, acontecimentos. Isso pq ele ainda não se deparou com os Buendía dos Cien años de soledad. Mas vai se deparar, e por um só motivo. Porque é bom. É gostoso ler Gabriel García Marquez e exclamar um putaqueopariu a cada cinco ou seis, das quase quinhentas páginas dessa história densa como um anisado de Fermina Daza. É muito gostoso perceber os ângulos pelos quais GGM introduz a cena seguinte, sem terminar a anterior. Esse livro é cinematográfico. Dez páginas de um mini-universo autônomo, separado da história, preparam sem nos deixar perceber a entrada de um personagem. Cento e vinte páginas depois, uma breve lembrança daquele universo, apenas para prendê-lo à história, como que agradecendo por sua serventia. El doctor Juvenal Urbino na verdade tem a força de um vértice triangular, o que não se passou no filme. Mas se em vez de vértice, for lado, temos um triângulo escaleno, com dois lados monumentais, pesando-lhe os ombros e as pernas que lhe falharam no momento da captura do loro. Que legal é ler nome e sobrenome do personagem a cada parágrafo. Que legal é a solidez e intensidade de cada figurante, dá pra gente tocar quase. Que gostoso é se deixar conduzir pela história, desbravar as páginas, as intenções, imaginar as cenas sutis e sem explicações, como se o diretor se deixasse filmar como coadjuvante, ao fundo. Como a velhinha do carrinho de supermercado de kieslowski. Ah, se eu pudesse, eu recomeçaria a ler agora mesmo. E aqui eu me arizo daqui a cinqüenta anos, se ainda estiver vivo, prometo reler, como se estivesse sob un juramento de mi fidelidad eterna y mi amor para simpre.

segunda-feira, março 08, 2010

Maragogi pra mim é assim

Curtinho esse. Muito óbvio aquele tom de verde da água do mar? Então maragogi é uma frase no avião da volta: "eu nunca vi vc empolgado tantas vezes numa viagem, assim". Maragogi é a minha empolgação. Não é o meu estilo de viagem preferido e ainda assim foi impecável. Maragogi foi o momento, a necessidade, a vontade, o tudo-junto. Nem dá pra falar tanto das maravilhas que são aquelas piscinas naturais, não a mais conhecida, mas as de ontem, nem nome tinham, as piscinas. Da quantidade e das cores dos peixes que fugiram de mim, dos poucos que ameaçaram uma reação às minhas provocações, daqueles mais distraídos, que praticamente infartavam, quando percebiam meu dedo tão próximo deles comendo suas algas. Do entardecer. Da lua e do seu brilho no mar, do coco maroto, meu Deus, do coco maroto! Da descoberta de que no Brasil há simpatia além da Bahia (sacanagem, já havia em Pernambuco e Ceará). Essa viagem foi mais que intimista, ela foi íntima. Domingo, no mar, na despedida, o projeto. Hoje, segunda, o início da concretização.
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Te cuida.