domingo, janeiro 27, 2008

Pesava-lhe a bota encharcada chupada no barro era força maior a fazer pra avançar. se ao menos pudesse enxergar algo mais que os vultos incertos cruéis eram troncos ou seres piscantes insetos mordiam era chuva era dor. o frio da camisa colada e a calça e o vento contrário ao menor pensamento de fé. barulhos e bichos e nada e nada e nada e então alcançou. um bar dois dormindo um varrendo - fechou! pelo amor, telefone, algo quente, toalha é meu carro parado no nada no nada no nada, onde estou? quem dormia acordou taramela trancou em sua nuca sentiu a pancada e o nada e o nada e dormiu. amarrado era água e a luz em sua cara, o que quer? é um erro, eu não sou, eu sou outro, eu não sei, eu não ai. o silêncio, outra hora passou outra água outra luz em sua cara, é um erro eu só vim o meu carro na chuva parou eu não sei eu não hurr.
e assim num romance de kafkaipira do sítio eu me sinto num ritmo e o pulso e o torso feridos querido não esquece da conta na ponta da linha há o peso e o anzol. mire longe ameace então puxe eu não posso quem dera acontece que o peixe sou eu.
cmu - against the world.
(continua)

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

o talento me dói: o peixe sou você

12:48 AM  
Blogger Madureira said...

bienvenida!

6:53 PM  
Blogger Madureira said...

Este comentário foi removido pelo autor.

8:15 PM  

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