sexta-feira, fevereiro 29, 2008

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Data de admissão: 29.02.2008
Objeto: personal diet
Prestadora: Carolita Sanches do Amaral Pereira Góis da Costa e Silva Petroli.
Consumidor: eu.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Ao meio dia começa a tarde. E hoje eu vou comer a tarde. Não comer à tarde. Eu vou comer a tarde. Como se a tarde fosse uma comida continente de todas as gostosuras que me aumentam o colesterol e os (as) triglicérides e me pioram a gastrite. Mas não vão aumentar, pois comer a tarde me isenta de qualquer nocividade no sangue e no bucho. Ao contrário. Hoje eu vou comer a tarde. E nesse sentido também. Delícia que é surfar sem prancha, minha gente. Agora eu vou me alimentar, me banhar e me perfumar para o meu encontro. Com a tarde.
*
E não esqueçam, hoje a lua muda. Quarto minguante, tem que descontar o tempo universal (o site do link explica). Mas não posso falar da noite agora, porque a tarde é uma moça ciumenta que estala as pontinhas das unhas nos dentes, de raiva.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Que espécie de vida é essa, em que não se sabe sob que lua se está, em que não se olha pro céu ao menos três vezes por dia, para o prazer da sua interpretação, em que não se sente o cheiro das coisas, em que o tato é sentido esquecido, em que não se repara na direção do vento? Sentirei a semana como um beijo na boca, enfim.
*
update: enquanto meus amigos não me ensinarem a criar a coluna: páginas de suma importância, saibam que lua faz hoje pelos links de blog mesmo.
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update²: para o curioso preguiçoso desavisado: hoje faz lua cheia.

Um texto criado sob um pequeno e praticamente subliminar solo¹ de dave mathews, um dia nascido com um café preparado pela mãe. um aperto da mão do irmão que acorda mal humorado. o amor que se sente pelo irmão, embora, persistindo na burrice do erro, não haja espaço pra olhar nos seus olhos e mandar um eu te amo, sem risos de ridículo. a presença do pai gostosa e acolhedoramente sentida. a vontade de viver a semana surfando, eu sou um surfista sem prancha e sem mar. Passar deslizando pelas situações cotidianas, sentindo o sal que as permeia. Interessar-se por tudo e por todos que se apresentem num intervalo entre uma hora atrás e dez e meia de sexta à noite. Após, fazer o inventário de atos e fatos e ditos e risos. e rir de cada um dos inevitáveis muxoxos e resmungos de putaqueopariu que raiva hedionda que a semana trará. Fazer o inventário como que entre archotes e frutas ao violão e à lua, numa canga estendida na areia que é minha varanda observadora das torres da paulista por mim. O amor. Boa semana a todos nós.


¹American baby. Tá no repeat.

sábado, fevereiro 23, 2008

rup.tu.ra sf (lat ruptura) 1 Ação ou efeito de romper. (...) 4 Solução de continuidade; corte, interrupção. MICHAELIS: moderno dicionário da língua portuguesa / São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1998 - p.1867.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Beijo, abraço... aperto de mão?

698º acesso. Quem acessar pela 700ª vez, receberá o seguinte:
- se for mulé, um beijo meu;
- se for homem, um fraterno abraço;
- se for aquele anônimo imbecil, um dedão no fiote (xi, mas vá que goste...)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Um homem dividido é um meio-homem. Bom pára-choque de caminhão.
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Certos assuntos só podiam ser tratados com ele, mas ele não está mais aqui, do jeito que gostaria, de modo que seus conselhos me aliviassem como sempre me aliviaram. A vida então parece me dizer: agora é com vc, cumpadi. e eu só consigo repetir: um homem dividido é um meio-homem. E escrever hermeticamente num espaço lido por meia dúzia de pessoas, esquecendo-se da regra primordial: não faça desse espaço nada além de distração.
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E digo mais, digo muito: sou mestre em desfazer lugares-comuns. Sempre fui.
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Dou conselhos tão bem estruturados a quem me peça e na hora de aconselhar a mim, faltam-me as peças.
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Ler um ótimo livro (o caçador de pipas) na fila do detran só não é pior do que se encontrar em algumas passagens do personagem... covarde. ou talvez do que ler um livro ruim na fila do detran.
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Sensação de que a pessoa que pago pra me ensinar a me ler me passou uma espada fria e afiada pela mente.
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Três pronomes possessivos em seis termos. 50% de umbiguismo adolescente. Ou vontade de colo.
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Tirem todos os machados do meu alcance. Vontade de transformar tudo quanto for de madeira em lenha. Até talvez a minha cara.
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Como poderias, caro colocador de rastreador veicular da seguradora, ter a infeliz idéia de me afrontar, justo hoje? Te fodeste, trouxa.

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peripécias rodoviárias II

hoje na castelo a nítida sensação foi a de que tudo é meu.
tudo de repente fazia parte de mim. eu, minhas roupas, meu carro, a estrada, a atmosfera, os outros carros, os prédios, a marginal pinheiros, a subida inteira até a paulista, hoje foi tudo meu, tudo meu, tudo meu. até a felicidade era minha.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Ouviram da Fernão Dias as margens plácidas
De um cara eufórico o brado retumbante:

-AAAAAAAAAAAAH, COISA BOAAAAA!!!

(ups, she said: i've just create a monster...)

domingo, fevereiro 17, 2008

Tem sábados que eu queria ser o Jason

Mas o Bourne.
(ou "re-born", se existisse no cambridge)

sábado, fevereiro 16, 2008

ONZE E ONZE, MEU FILHO!

Sem tempo pra pensar, escrevo esse. Traçava eu estratégias poucas pra me livrar das pastas e petições que se imiscuiram indevidamente em meu fim de semana, quando toca o celular. E quem me chamava, povo? quem me chamava? Caveira, meu capitão: quem me chamava era o Ferreirinha! Eu tenho profunda pena das pessoas que não têm um amigo como eu tenho o Ferreirinha. Ferreirinha, provavelmente direto dA Patada de Jundiaí, veio pra dar sorte pro meu fim de semana. Ferreirinha chamou desde logo a atenção e justificou seu telefonema pelo fato crucial: estava lá matutando quando olha pro relógio e vê: são onze e onze, eu preciso ligar pro madureira.
É assim que as coisas são. Adoro os cds, livros, camisas que as pessoas me dão de presente.
Ferreirinha, contudo, é o único capaz de imortalizar (falei errado no telefone, falei sacramentar) um horário e me dar de presente, pro resto da vida.
Ferreirinha, ele não agüenta mais ouvir essa prosa, é, pra quem ainda não sabe, a prova de que o lado B é viável. E pra que ninguém pense em nada simplesmente underground, indie, ou coisa que o valha, explicito que, pra minha filosofia de botequim, todos temos uns muitos Lados B, universos de possibilidades de condução da vida, bastando pra isso ter as necessárias ousadia e coragem, e assim deixarmos de ser os pequenos burgueses que somos. Salve, Ferreirinha, e parabéns, pois finalmente foi-se embora o vocalista da tua banda, gente fina e tal, mas o único cantor com língua presa que jamais conheci. Bora comer pirão no mercado um vinte avos de junds! CMU, against the world, luz do post, brasil novo, dito pé de breque, eglacy teresinha, pra todo o sempre.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Existe uma gaúcha chamada Virginia Castiglione.

Funciona assim:
Vc faz amizade com ela
Resolve ir ao shopping
Na entrada do shopping, vc define que não gastará nada além do lanche.
Na saída sai com o lanche no peito.
E constata ser muito amigo da gaúcha Virginia Castiglione,
Pois nas mãos sai com um par de sapatos sociais, três camisas italianas, um terno e um blazer de lã, este último pra quando o inverno chegar.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

A Borboleta Azul

Não vem mais a borboleta azul.
Chegava, terna,
No ramo em flor.
Esvoaçante.
Passava a janela,
Cumprimentando os cantos.
Pousava, displicente,
No retrato de meu pai.
Meu pai morreu,
Minha mãe, também.
Lá fora, o homem
Explodiu o mundo.
Não há mais a casa,
Nem o ramo em flor.
A borboleta azul não pode,
E não tem
Porque voltar.
Nelson Galvão de França - 1937 - 2007.

domingo, fevereiro 10, 2008

Srs.,

apresento-lhes o NERVEOSEAU.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008


Prezada Arisco (Unilever Bestfoods Brasil Ltda),
É com muito prazer que venho parabenizá-la por ser a única empresa, pelo menos que eu conheça, que ainda produz as minhas fundamentais geléias de mocotó, tais como as conheci desde minha infância, ao longo de minha vida.
Gostaria de pedir a todos os que lerem esse singelo post, que consumam muitos produtos dessa empresa. Ela precisa ser sempre sólida e pujante, pois preciso muito que ela continue a produzir as minhas fundamentais geléias de mocotó.
Aos supermercados de São Paulo, atentem-se! Vcs têm que voltar a distribuir mais as minhas fundamentais geléias de mocotó. Serei fiel e postarei sempre em seu favor, supermercado, quando tiver a felicidade de me deparar, em suas prateleiras, com as minhas fundamentais geléias de mocotó.
Arisco, tu és a minha empresa preferida. Longa Vida (que merece outro post) à Arisco e às minhas fundamentais geléias de mocotó.
Bom fim-de semana a todos, com muita paz, amor, e geléias de mocotó. Fundamentais.
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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

pequena parada na vida do novo homem. aparente parada, pq o antigo pode representar (e na verdade alicerça) o novo. escrevo como que com um violãozinho de filme ao fundo. eu tiraria essa música, de tão marcante como a sinto. talvez a compusesse, pois não sei se já existe. Não sei se existem tantas coisas assim no mundo, mais gostosas do que encontrar um amigo de infância. ainda que no msn. depois de anos. e ouvir desse cara coisas boas a teu próprio respeito. mesmo que dê o eterno remorso de não tê-lo chamado pro casamento. imperdoável, mas já foi. cerimônia de casamento tem seu aspecto crudelíssimo, pq qualquer erro não poderá ser consertado, a não ser, talvez... nas bodas de prata. fato é que a cerveja está marcada. meus dois amigos mais antigos. tínhamos sete anos. nossa amizade fez bodas de prata. nós três juntos passamos por muitas e muitas coisas, pelas quais um homem, feliz ou infelizmente, passa. algumas delas jamais caberiam num blog. muitas outras, sim. vamos rememorar tudo isso. da vida eu vou levar o sentimento de amor de filho, de irmão (talvez de pai, um dia) e de amigo. este é o meu patrimônio. é com ele que eu venço. cmu, against the world.