sábado, março 29, 2008

eu vou começar a patentear tudo!

Ou no linguajar madureira: érre rodelinha em tudocêis.
*
Pra quem sabe do causo da viagem de 1997 pra chapada dos guimarães, sem saber do que se tratava, sozinho de de mochila nas costas, pra fugir das mulé errada e da inércia e começar vida nova etc etc etc. Lembra do que fiz qdo lá cheguei, no primeiro dia? que me enfurnei num quartinho de hotel e comecei a escrever escrever escrever sem parar, e fui agrupando as idéias e tal?
Pois é. Onze anos depois, vejo que tem toda uma teoria atrás disso, os neurolingüistas conceituaram e sistematizaram e tudo. Chamam isso de mapa mental.
Se bem que, pensando melhor, isso já existia antes de eu inventar :(.

quinta-feira, março 27, 2008

19:30h
Eu vou comer no japonês
E
DEPOIS
EU VOU AO
MORUMBI!!!!!
TEMPLO SAGRADO DO FUTEBOL!!!


segunda-feira, março 24, 2008

greatest hits*

We can be heroes – wallflowers

Learning to fly – tom petty

Time stands still – rush

Learning to fly – pink floyd

Tarde vazia – ira!

Times like these – foo fighters

Open your eyes – snow patrol

How soon is long – the smiths

Regret – new order

Disintegration – the cure

A letter to elise – the cure

Heartland – U2

40 – U2

Bad – U2

Zoo station – U2

A sort of homecoming – U2

City of blinding lights – U2

1000 miles away – hoodoo gurus

Castles in the air – hoodoo gurus

Night must fall – hoodoo gurus

***

título por carolita silveira machado costa antunes ribeiro petroli

domingo, março 23, 2008

REGISTRO

da noite em que bater e quase quebrar o dedo do pé foi... inexorável.

Vcs nem nasceram ainda, seus porqueiras...

... e eu já gosto tanto de vcs.
Vcs vão me azucrinar, vão sujar minhas roupas, vão riscar meu carro com essas patas gordinhas que vcs ainda não têm. vão me babar todo, vão ter ciúme qdo eu abraçar alguém, se bobear vão até fazer como o antecessor de vcs e ter o prazer de me derrubar, se embrenhando nas minhas pernas pra me desequilibrar.
Vão me deixar desesperado quando ficarem doentinhos, mas vão sarar e fazer tudo de novo. Vão me receber com os toquinhos de rabo abanando e as bochechas enormes balançando na direção do meu terno. E num dia de bom-humor eu vou abraçar vcs com terno e tudo, depois escova e limpa com álcool.
Eu não vou morar com vcs, só vamos nos ver em finais de semana, mas eu vou ser o carrasco do banho, não vou estar nem aí pros uivos malandros de vcs, porque sei que depois vão adorar se refrescar ao sol com a pelaria toda dormindo no chão quentinho. Pelo pouco tempo juntos, não haverá tantas oportunidades de vcs consolarem o meu choro, como os seus antecessores faziam tão bem.
Vai todo mundo morrer de medo de vcs, alguns acharão vcs horrorosos, outros apreciarão a real beleza que vcs têm, e eu desde já acho vcs lindões e mal posso esperar pra brincar com vcs logo, meus dois mastins napolitanos, ainda (ou já!!) em gestação.

quinta-feira, março 20, 2008

Nas coxas, mas, revisado.

Então eu venho nos braços de outono, retorno pro mesmo lugar donde o corpo nem saiu. Só a mente que foi, que voou, que sorveu, que chupou, a mente que riu e chorou e sentiu e maldisse e gritou: - agora eu te conheço, mim mesmo, um tantinho assim mais.

*

Uma experiência magnífica, um êxtase, uma catarse, como foi rotulada. Um desvendar, na verdade, um entreabrir, um deixar-se espiar, um permitir-se e um... calar. Porque já se havia dito que ali não era lugar de cura, não se forjariam ali novos homens e novas mulheres, ali apenas se apresentariam as ferramentas que cada um de nós temos e relutamos em, ou não sabemos como, usar. Ao que, praticamente depois, adiciono: use a experiência quietinho.

*

As conseqüências foram todas válidas, embora algumas dolorosas, algumas causa de injustiça. Sempre a essência há de vencer e, se mágoa surgiu, o dever é buscar entender o porquê e consertar. Com sinceridade, honestidade e verdade.

*

Uma conseqüência ainda não foi detonada, está em compasso de espera, algo muito ruim pode acontecer, ou não, na semana que vem (domingo à noite, napoleão no exílio: não vai acontecer). Um tomar de posição, tão firme, como nunca se tinha tomado, decerto fará o tomador perder um pouco a mão, como de fato perdi. Cabe-me, então, assumir o que foi feito, como homem que sou, explicar o que se quis fazer e arcar com as "conseqüências dessa conseqüência". Não morrerei por causa disso. O importante é estar preparado, de peito aberto. E estou.

*

Mas eu te disse do outono. O outono me deixa feliz. É a minha estação preferida, sempre foi, sempre vai ser. A luminosidade diferente, o bater enviesado dos últimos raios de sol, a sensação de mudança, as montanhas de Atibaia com suas pedras ao cume, prontas pra se partirem em duas, no meu coração, como um grãozinho, uma semente, mirada ao infinito, assim que vejo a minha eterna pedra grande, olha só:

*

Tanta coisa pra escrever, a minha vida pelas bikes, a personalidade da vica, se teve uma coisa que aprendi é não deixar as coisas pra amanhã. Aí vamos nós.

*

Todas as pessoas podem pautar as suas vidas por várias coisas. Músicas são o critério mais comum. Eu arrumei mais um: as minhas bicicletas.

Em Socorro ganhei de meu tio mais velho uma Caloi Totica. Mínima. Azul escuro. Duas rodinhas. Eu tinha quatro anos e pedalava na garagem. Imensidão de lajotas vermelhas. Só me lembro disso.

Pra Atibaia me mudei com cinco anos. Uma rodinha foi tirada e minha vida pendeu por alguns meses para o lado direito, onde havia a proteção da derradeira rodinha. Quantas rodinhas não insistimos em utilizar e deixamos a nossa vida assim, pensa. Dá pra andar, é verdade, mas não se imagina a potencialidade do curso em equilíbrio pelo só-nosso corpo. Meses depois, a segunda rodinha foi tirada e daí vieram o que mais tememos, os tombos. Muitos tombos. Muitos ralados, joelhos, cotovelos, queixos até.

A vida da gente muitas vezes faz os joelhos rasparem nos guidões. Era época de trocar a totica, já tinha seis ou sete anos.

E aí veio o E.T. E com ele o primeiro sonho de ser um dos três moleques, seguindo o cabeçudo, com a lua ao fundo, sobre as descomunais bicicletas "cross"! Interessante haver dias em que se ganhar uma Caloi Cross é mais importante que estabilidade financeira, problemas no trabalho, desilusões amorosas. E esses dias existiram. 1982 era o ano, tinha sete anos e eu quis, quis muito, uma caloi cross extra light. Usei dos subterfúgios clássicos, como colocar em todos os bolsos, internos e externos, das calças e camisas e paletós do meu pai o infalível “eu quero a minha caloi”, fiz manha, fiz agrados, até que um dia meu pai me levou, num sábado de manhã, para a “Casa da Sogra”, nunca vou esquecer esse nome, pra comprar a minha bicicleta.

O ser humano é um filha da puta, e eu não dei valor na hora pra minha caloi cross, levou um tempo. Isso porque meus amigos tinham a famigerada caloi cross extra light, mas o meu pai me deu uma caloi cross extra, "não-light". E, por isso, eu não gostava tanto dela, na época em ganhei, pq não tinha o sufixo light e a cor não era branca, como as light; era vermelha.

Mas os primeiros dias passaram-se e eu aprendi a amar a minha caloi, do jeito que ela era, de um jeito parecido como aprendi a gostar muito (não sei se amo) o Direito, vários e vários anos depois, nada de paixão instantânea. Extralight ficou só uma lembrança, um futuro do pretérito, revivido no meu MSN (quem não tinha entendido até agora, aqui te foi a explicação).

Ela tinha uma espuminha no guidão, tinha uma plaquinha de plástico, tipo número de competição, um dos meus números da sorte, até hoje: 315. Ela era maravilhosa. Com ela eu fiz bicicross, ia na pistinha do caíque com gente mais velha, já fiquei preso dentro do buracão, caí muito, me esfolei inteiro, fiz vários dos famigerados "rolos", troquei um canote torto por um par de manoplas, troquei o jogo de adesivos várias e várias vezes, todas as novidades foram implementadas, desde as tampinhas amarelas dos biquinhos dos pneus, até o banco importado cujo nome se perdeu na minha memória. Pedalando minha caloi cross eu virei adolescente e fiz minhas primeiras trilhas, percorri a tempestade, musa, como te disse ainda hoje, gritando com o meu melhor amigo, a cidade deserta às três da tarde, relâmpagos e trovões e a gente berrando ensopado, uma das cenas pro cineminha de quando eu morrer, certeza. Pintei-a inteirinha de branco, ficou horrível, mas deixei-a, assim, próxima da extralight, insaciável que sou.

Aos quinze ganhei minha caloi cruiser, feia feia, verde água. Uma época em que a importância não era dada devidamente à bicicleta, foi roubada no fundo do corredor da minha escola de datilografia (sou velho) no senac. Minha então instrutora, que tempos depois criou o até hoje mais formidável estabelecimento que vi, uma sex shop E loja de macumba, ainda tentou sair comigo atrás dos meliantes, mas a porra da motinho dela não funcionava e eu vi minha cruiser 5 marchas, feia feia, verde água, sumir pequenininha, por uma das vielas do bairro da ponte, lá embaixo. Ganhei bronca do meu pai, por ser desleixado com minhas coisas (sob os mais veementes protestos de minha parte), e falou que não ia dar mais nenhuma bicicleta pra mim.

Realmente, comprei a seguinte (e atual) com meu primeiro salário, uma, como não podia deixar de ser, caloi, igualmente vermelha, 21 marchas, não lembro o nome, com que andei muito menos que a insuperável caloi cross extra do ET, já que a vida me dá menos tempo pra pedalar sob a tempestade berrando. Termino o relato das bike com uma pergunta: será mesmo?
*

Tirante isso, a Vica tem uma personalidade que merece ser personagem de livro realista fantástico, mas como eu não sou o Gabriel García (ah, os garcias) Márquez, passo a falar um pouquinho, autorizadamente, como segue.

Ela é sarcástica. Mas não é do mal. Requer muita habilidade da pessoa, ser sarcástico e do bem. Mas ela é. Ela é cética também. Tem lá suas crenças, tem lá seus dedinhos com a intuição de suas quase homônimas wiccas, mas é uma moça do mundo concreto. Gera um certo excesso de dedos, em quem está à sua volta, pois xinga mesmo, sem dó, se a cutucam. Não tem meias palavras. Talvez não tenha entendido muito bem o que eu disse, quanto à sua extrema sinceridade, mas isso é pra se conversar a sós no MSN, seus abelhudos. Ela é de extrema generosidade. Vc não precisa pedir, se ela percebe que vc precisa de algo (argüição de relevância no STJ é um singelo exemplo), ela te ajuda. Se ela percebe que é manha, que vc não precisa tanto assim do que pede, ela assume a personalidade da Olívia, sua gata (imagino eu que, gata sendo, a Olívia também o faça) e joga areinha imaginária com as patas traseiras no teu nhenhenhém. Ela é opiniosa, Deus Meu, como é opiniosa. Tem opinião sobre tudo mas, felizmente, enjoa se não prevalece da primeira vez que explana e joga mais areinha imaginária (eita, se não entendeu ainda, ela dá de ombros). A vica é também, e tudo ao mesmo tempo agora, uma menininha. Com medos e carências, que não gosta de demonstrar e, imagino, mostre pra muito poucas pessoas. Ela tem garra no trabalho, é guerreira, dupla polva com dezesseis tentáculos, sobretudo de manhã (nem tente falar no gtalk nessa hora), mas o que gosta mesmo é de chamego e sosseguinho. Reclama de um monte de coisas, sem ser chata por isso (não é credora do mundo, como diria meu pai). Reclama na medida certa, diria eu. Na verdade, ela é a reencarnação de uma, aprendi a palavra com ela, mecenas, de nome Virgginiaa Caishtiglionnne (grafia antigoogle), que devia ter alguma nuance impoluta, todas essas personalidades que ultrapassam séculos têm, mas que a vica não contou. Fiquemos com essas características todas, bem fortes, bem legais, bem chatinhas, muito de vez em quando (desculpa, falo isso na qualidade de bem chatinho que sou). Além disso, é uma pessoa cosmopolita, tem visão de mundo, usa bem sua cultura geral, pra entender o que acontece no mês de março de 2008, no sul do Brasil ou no leste europeu. Por fim, me assusta um pouco, por não querer, no fundo não querer, se desvencilhar das faquinhas que a atormentam. Não tem como não gostar de uma pessoa assim. Taí teu post, como prometido. Sem revisão, sem arrependimentos, que só virão qdo ler de novo, depois do feriado, mas daí já vai ser tarde demais. Espero que goste, como eu gosto de vc, minha amiga.

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Um bom outono a todos os amigos do Madureira do B, tentem sentir essas coisas que eu sinto, sem saber explicar, que só no outono dá.

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Danifisha e Siddartha, vcs me fizeram muito felizes, muito mesmo. Quero conversar horrores sobre isso com vcs, na volta do feriado.

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Dani.m., coma muito chocolate e até a semana que vem.

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Esse texto pequenino vai sem revisão mesmo, pq agora eu vou pra minha HELP CITY PARADISE, BERÇO QUERIDO DA MINHA VIDA.

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opa, só complementando, outono hoje e lua cheia amanhã! Perfeição!

segunda-feira, março 10, 2008

Recesso

Boas tardes,
Meu grande amigo Madureira pediu pra avisar-lhes que hoje de manhãzinha deu uma vontade insana nele de viajar. Então ele pôs algumas mudas de roupa em sua mochila velha e foi até ali cruzar o mundo. Pediu ainda pra dizer que adora todos vcs.
Grato.

sexta-feira, março 07, 2008

Sim, verão de 2008, manhã de sexta-feira, 07 de março. 32 aparentes graus de temperatura, céu ensolarado. Vento de 4 km/h. 35% de umidade do ar. Lua quase nova, já sabemos. Numa nuvem, um anjo mira uma flecha num dragão de cuja boca sai um arpão. Tudo isso passa pela antena onde logo abaixo algumas roupas balançam, no prédio da frente. Continente de vários apartamentos, um dos quais adquirido por uma mulher que, a essa altura, deve estar vestida, trabalhando semi-anonimamente. Pelas roupas que balançam eu confirmo a existência do tal vento de 4 km/h, parece mais e talvez seja. A rua está ruidosa, quase todos os sons vindos de carros e motos e caminhões. Um passarinho, não parece engaiolado. Dorzinha no peito, física, provável mau jeito. Rio do próprio pensamento: os big brothers procuram dormir bem na noite que antecede a prova do líder. Pois pode ser de resistência. Como deve ser a sensação de um soldado que vai à guerra? Pela minha crença, provavelmente já devo tê-la experimentado uns pares de vezes. Em todas, porém, os inimigos estavam "pra fora". Dorzinha persiste, pontadinha, ainda física. Um avião da tam cruza, sim, o céu, mas para o romântico egocêntrico que estou, cruza minha janela, da esquerda para a direita, vai ao leste. O sol brilha mais, deve ter ultrapassado um bloco de poluição. As varandas dos japoneses são sempre as mais floridas. Tenho um pé de guaco indômito, um de pimenta fênix, um de cebolinha moribundo, fósseis de salsinha e alecrim e de manjericão francês. Um pé firme e forte de manjericão comum. Três vasos de folhas de violetas e um de orquídea, da qual nascerá a segunda florada, num desacreditado vaso com uns fios estranhos, que fazem as vezes de terra. Eu sou de Atibaia, logo sou um quase-japonês, branco com cabelos crespos e olhos que mudam de cor. Tergiversei. O que queria é apenas desejar bom fim de semana pra vcs e também pra mim (na mente, ira!: vc me ligou naquela tarde vazia...). Até segunda-feira. Talvez.

quinta-feira, março 06, 2008

Qualquer novembro desses

Ouvirei o ruflar de asas

Que me erguerão para o Eterno

Cavalgarei os ventos

Com a brida da chuva

Que me levarão a rodopiar e rodopiar

Numa ciranda alegre , correndo todos os mundos

Carregarei na garupa

As minhas lembranças e as minhas cantigas

E os meus quatro rostos queridos

Abraçarei o sol e beijarei a lua

Dançarei sozinho na amplidão dos ares

Iluminado no esplendor de todas as cores do arco-íris

Embriagado das gotas de orvalho com o escurecer

Depois, deitarei nas nuvens

Aninharei meu corpo no regaço do amor

Me cobrirei com o manto da noite estrelada

E dormirei sem sonhar, sem sentir

Para sempre,

Em paz.

Nelson Galvão de França, 1937-2007
amanhã, às 14:14h, entraremos na lua nova.
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será uma boa noite pra se observar estrelas e sentir cheiro de mato, algumas horas depois.
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existe realmente o verbo expectar. Mas se não existisse, eu inventaria mesmo assim.
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em 1997 viajei pra longe. o resultado disso foram onze anos.
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em 2008 viajarei pra bem perto. bem perto. e também tão longe.
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há quase trinta anos, as caixas de papelão invariavelmente se transformavam em espaçonaves.
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quem sabe uma delas não me faça visitar a lua nova?
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eu poderia ser um livro de saint exupery.
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mas, como diria a cantora, não ficaria bem na sua estante.
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como continuaria a cantora, tô aproveitando cada minuto.
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só discordaria da cantora: isso aqui não virará tragédia.
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isso aqui virará ao redor de si e ao redor da terra. rotação e translação.
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que nem a lua.

quarta-feira, março 05, 2008

É! TRICOLOR!

domingo, março 02, 2008

curintia x parmera
eu torceria pra cair o meteorito da adrib. no campo, se o jogo não fosse no templo sagrado do morumbi.
seria legal: mano menezes pro luxemburgo: olha lá o met...