e o que resta pra gente depois de errar
senão
recomeçar?

Cobrem de mim tudo, menos coerência.
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Embora não se trate propriamente de incoerência, eu escrever um pouco agora.
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Porque (junto) estou finalmente me desintoxicando do vício da net.
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Os efeitos colaterais eram sabidos: eu distanciar-me de gente de boa espécie. gente muito amiga minha.
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Como a michelinha do guaíba, que me espinafra nos e-mails, quer criar comunidade pra me atacar, mas me adora.
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Como a eterna musa de araque...
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Como a vica, que ficou minha amiga de novo sem nunca deixar de sê-lo (separado e com acento).
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Como a minha amiga do colegial imaginário.
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Como a amy, sim, a amy fachadinha do gasômetro. pq é docinha que ela só. moça dereita, como ela mesma diz.
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Como o siddartha, o recente amigo de infância.
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Os "como" acima são conjunções, não verbos, viu siddartha? Sinto decepcioná-lo.
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Quem será a primeira a qualificar em pensamento esse escrito de "chinelão"?
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E que é de meu dicionário de expressões gaúchas?????
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Pois é, o terrorzinho não funcionou. A interposição dos ED interrompe o prazo da apelação, não o recebimento. Mas, chupa, os meus ED foram recebidos.
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Estou conseguindo. Vai sair a dissertação. E vai sair boa!
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Autossexo (vão pra merda, os doentes que buscarem isso no google. Nem existe a palavra!)

Se ela não ficar boa... foda-se.
Se ela nem ficar... foda-se.
Se não der pra fazer a pesquisa de maneira apropriada... foda-se.
Se a bibliografia for pouca... foda-se.
Se não for levada sequer à banca... foda-se.
Se o orientador não gostar... foda-se.
Se o orientador não aceiter continuar sendo meu orientador... foda-se.
Se ficar repetitiva... foda-se.
Se faltarem discussões sobre questões centrais... foda-se.
Se não der tempo... foda-se.
Se eu perder todos os créditos... foda-se.
Se eu perder todo o tempo e dinheiro investidos até aqui... foda-se.
Se eu estiver esquecendo de algo nesse momento... foda-se.

Quando eu terminar a minha dissertação...

serei o cara mais aliviado do mundo, se a gripe suína não tiver detonado o mundo ou eu.
voltarei a escrever essas merdas de sempre (talvez a dissertação seja outro tipo de merda).
assistirei aos filmes roliú todos. todos os que me aparecerem e me apetecerem.
circularei entre o centro velho e o centro novo por uma semana. pedirei ao ferreirinha me acompanhe numa das cruzadas.
descerei ao litoral num bate-volta.
bate-bebe-espera o risco do bafômetro passar-volta.
as pessoas passaram a temer a gripe suína. eu continuo a temer o bafômetro.
e o michel a temer. intransitivo, esse michel.
quando eu terminar a minha dissertação, lerei seis ou dezessete gibis.
buscarei a temporada do lost e assistir duma talagada tbm.
organizarei o escritório de atibaia.
passarei um fim de semana na casa do seolice, antes que desapropriem.
passarei um fim de semana na bela vista.
passarei um fim de semana nalguma cidade com mato e água gelada.
reformarei a pampa vermelha.
mergulharei em ilha grande ou ilhabela.
aprenderei finalmente a tocar viola.
aprenderei a cozinhar comidas de sobrevivência.
quando eu terminar a minha dissertação,
eu volto.

Ulisses Santos sempre disse: na vida vc tem que ser bom, mas bonzinho, jamais.
A máxima diz, como sempre, coberta de razão: bonzinho só se fode.
Como carrego os genes de seulice e não sou chegado em 'me autofazer sexo comigo mesmo', ontem foi um dia especial. Foi o dia em que não me submeti à exploração e afastei a imagem de 'bonzinho', por um bom tempo. Pensaram que iam me levar no bico. Pensaram que eu acreditaria nos elogios falsos. Pensaram que eu ia ter medo de represália. Que o abuso de autoridade era líquido e certo. Que eu não ousaria contrariar. Ah, ilusão.
Aparte: esse post tá uma bosta, pq reeditei quase todas as frases. Esse post, versão de autor, será falado apenas numa mesa de bar, embebido nas cervejas e seus brindes. Por enquanto, fica essa edição tosca aqui.
Fim do aparte. Deixo registrado essa mensagem pra mim mesmo, no futuro. Por que virão outras tentativas de exploração e, se eu vacilar por um instante, se a carga vier maior, a chantagem mais explícita, eu vou lembrar que o seolice afastava os inimigos na voadora (tá, meu estilo é outro) e eu sempre vou ter a alternativa de enfrentar a injustiça, por mais forte que o injusto seja.
Bom feriado a todos.
(Reparem em quem assina).