Um cara sob sua roupa de frio passa a marcha do carro numa
tarde nublada, entrevendo o acúmulo de trabalho decorrente de quinze dias
afastado; deseja anotar um lembrete sobre o pagamento de uma conta, melhor
pagar ou agendar e... flash. Ele ri e ajuda a remar, alta noite, com seu
chinelo um dos barcos emprestados que o levarão com seus amigos ao bregão do outro lado do rio. Letícia,
Yuri, Paula, Lucas, Iratan, Bixão e amiga de cujo nome ainda lembrará. Recebe das
mãos de Paula o primeiro Netuno da noite, ainda no Bar Lagoa, da Hermínia (o
último quem serviu foi Zezinho, dias depois). Sente coisa boa ao ver Paula
lecionando inglês para as crianças. Está na mesa pós-café, na conversa de alma de
4 horas como Nelma, como pode uma empatia assim de cara, seguida de empatia
semelhante por Alexis, na conversa do pós-café seguinte, de outras 3 horas, ele
se pergunta (o casal terá um post próprio). Aprende com Sabará, traça planos
com a ajuda de Jurandir, mata a saudade da prosa com Satu. Agradece a gentileza
de Dalila, conhece o som de Edson Gomes enquanto come queijo artesanal na casa
de Raul e Cassilda (casal com o qual ficou em falta, mais um motivo pra voltar).
Tenta compreender uns conflitos latentes, pessoas de dentro, pessoas de fora,
pessoas mais de fora que os de fora, que todos estejamos sempre bem. Conversa e
se atualiza sobre Caraíva e redondezas com João, que é a mesma pessoa que
Jonguinha, veja só que coisa. Come um chocolate no bar do Gustavo, após uma
cerveja servida positivamente por Latino. Olha fixo para os olhos de bondade de
Princesa, a dogue alemã de Thor. Uma viagem se faz com movimento, uma puta
viagem se faz com pessoas. E o que falar quando o paraíso emoldura essas
pessoas. A viagem sensorial, mais que física. Livros jurídicos à direita, a
garrafa ainda fechada de netuno à esquerda, um nó de gravata sendo amarrado
diante do espelho daqui a alguns dias... flash. O cara sob sua roupa de frio
publicará esse texto em algum recanto pouco conhecido da rede. Enviará para as
pessoas citadas, das quais tenha o contato. Mas escreveu fundamentalmente pra
ele mesmo poder lembrar, quando a transição se fizer mais intensa, de que há
várias outras – e muito boas – possibilidades para se viver com plenitude.
3 Comments:
já passei por coisas semi-semelhantes. ali mesmo. indo pro bregão mesmo. remando cos chinelo mesmo.
thor.........
as conversas com Nelma SEMPRE duram 4 horas. daí pra mais.
Postar um comentário
<< Home