domingo, maio 06, 2012

Da série: posts impublicáveis, ops, já foi.

Ok, a fase não está fácil. E nessa frase, já começam minhas contradições. Não vêm ao caso. "Fala muito" pode ser aplicado a mim, reconheço. E, no fim, falo apenas o que quero falar. Muito não é tudo. Cerco-me de pessoas que, felizmente, por um motivo ou outro, gostam de me ouvir. Algumas sem tanta paciência, tento dosar. Mas eu preciso disso, falar, momentos em que intercalo com os de calar. Esse post é pra mim mesmo, liga não. Mesmo que eu, como quase sempre, nunca volte a lê-lo. Recebi uma tarefa essa semana, responder a duas questões: por que faria aquilo e como faria aquilo. Da resposta ainda não sei. Não me bastam finalidades negativas. Faria aquilo para sair de onde estou. É insuficiente. Traria para a nova situação as mesmas circunstâncias que me fizeram sair. E, no fim, nada mudaria. Preciso de algo positivo. E isso não tenho. Minha tendência atual é a de uma nova ruptura. Isso poderia ser tachado como loucura, por a perder o que conquistei materialmente, sem a certeza de que é isso que realmente quero. Sem ter mais 20 anos. Onde está o problema. É essa a pergunta repetida incessantemente. Dou-me alguns recursos:
exerço uma função que poderia ser emocionalmente gratificante. Economicamente, dadas as demais condições, já é. Mas isso não me basta. Para o lado emocional é necessário, para tanto, fechar os olhos para muitas coisas: injustiça na distribuição e no volume de trabalho; ambiente hostil; proximidade perigosa com política e suas intervenções; insegurança pessoal e, sobretudo, falhas em organização.
Fechar os olhos não é recurso. Tem de ser algo assertivo, positivo. Sou razoavelmente bom no que faço; preocupo-me em fazer bem feito; em oito anos de trabalho, conquistei o respeito dos colegas, ao menos aparentemente; são as informações que chegam a mim. Tenho flexibilidade e criatividade. Conheço bem o processo. Consigo colocar fatos em palavras escritas para tentar convencer fundamentadamente quem julgará esses fatos.
A pergunta é: se eu conseguir abrir os olhos para os recursos assertivos, não fico bem onde estou? Precisaria sair? Ainda não tenho a resposta. 
Por isso, eu vou seguir o rumo. Começo a semana com dois mantras: "tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo" (Walter Franco) e sua variante internética: "keep calm, work hard and stop the mimimi".
Boa semana a todos.