quinta-feira, junho 07, 2012

Ah, é? Então vamo lá. Zé Satriani não precisa de palavras pra dizer que sempre é tempo pra se escrever o que se quiser, ainda que a nova proposta seja largar mão de tudo isso aqui, esquecer o umbigo e escrever pro mundo. Entendo o coldplay (mais ou menos, tudo bem, pq realmente a musiqueta lá era bem bem bem igual à música do Zé), mas chords of life parece abarcar toda a música do mundo, que é que se vai fazer. 
Da minha parte, ponho o chapéu em homenagem ao steve vai e sou careca em homenagem ao joe satriani (chapéu uso mesmo pq tá frio do cão). Acho que hoje é dia de morte de alguns dos meus top five que se foram, não lembro se do tio filo ou da vó olga, mas que bom que vou esquecendo os dias de morte, só guardo os dias de vida. Esqueci não, tio filo, esqueci não. As pessoas dizem que sou bonzinho, mas eu vou é me ferrar qdo a moça de preto e foice vier me visitar. Então, tio filo, fica atento aí e vai me buscar assim que der, pq não guardo mais esperança de ir direto tocar harpinha. Isso se os budistas não estiverem certos, daí ferrou-se de vez. 
Por ora, é prestar atenção no que tiver de bom no feriado, saia céu azul ou não, como bolinho de chuva, aprendo a fazer o de chocolate, faço um pudim, asso carne e chamo pessoas pra comer.
Quero fumar cachimbo.
Organizo as viagens, opostas viagens, contradições vividas num curto espaço de tempo, sou um elétron que bate no pote hermético de uns cientistas coçadores de queixo e que murmuram hummm!!! o elétron, olha ele aí, se chocando na parede do pote hermético, anota, fii!
E eu dizia pela manhã, séria e profundamente que sem querer encontro raízes. Gosto de Charlie Brown, que gosta de Camisa, que gosta de Raul, que gosta de Elvis. E o que soava alto na minha casa, enquanto dizia séria e profundamente essa constatação? Elvis Presley, que curiosamente não morreu.
Gosto de Crossroads, cujo ry cooder, quando não maravilha o mundo com os cubanos, gosta de easy rider, que gosta de rebel without a cause, que gosta de the wild one, que gosta de on the road, pra quem torci em cannes e assim vai. E como estou tentando aprender inglês pela última vez? Com on the road no original, versão traduzida ao lado. Se pensar então que crossroads gosta diretamente de robert johnson, daí o caldo engrossa, pq quem gosta dele era um monte de gente até chegar no elvis, que soava alto na minha casa enquanto dizia coisas sérias e profundas, sem falar nos beatles, no bob dylan e mais um monte de coisas, que ajunto tudo vez em quando e deixo de lado, pra só curtir o manoel de barros, o câmara cascudo e o catulo da paixão cearense e então grito: Aqui, Irlanda, ó aqui pra vcs!!!
"Despois desta jura santa
pra tê de todas as pranta
a graça, o perdão intêro
dos crime de home ruim
foi se fazê jardinêro,
e não fazia outra coisa
sinão tratá do jardim
A vó, que já carregava
mais de noventa janêro,
dizia que neste mundo
nunca viu um jardinêro,
que fosse tão bom ansim!
Drumia todas as noite,
dexando a jinela aberta,
pra iscutá todo o rumô,
e às vez, inté artas hora,
ficava, ali na jinela,
uvindo o sonho das frô!"
Catulo da Paixão Cearense, O Lenhador.

Aqui, Irlanda, pra vcs!!!