segunda-feira, junho 01, 2009

vulf, foi assim que fez.

eram sete e quarenta quando Madureira atingia o Perdoai as nossas... do Pai Nosso, em sua caminhada diária matinal, momento em que lhe veio um pé de vento, de baixo pra cima e VULF, leva-lhe o boné. Dizendo que não com a cabeça, tentando ser o mais natural possível, em poucos movimentos, Madureira vira-se pra trás e abaixa-se, pra pegar o boné, quando a segunda rajada o leva pra meio metro além. Pessoas começaram a olhar quando o fiadaputa lufou pela terceira e última vez, depositando o boné preto do Madureira debaixo do opala branco, no seu exato ponto central. Madureira visualizou montinhos de gente às gargalhadas, mas isso se deve à sua timidez atávica. De gatinhas, Madureira percorreu o perímetro do opalão e não, não alcançava o boné. Dominada a vontade de sair correndo com a cabeça enfiada na camisa, Madureira entra na loja de doces árabes e pediu uma vassoura. A extremada gentileza do dono da loja soou cáustica, quando Madureira volta novamente à traseira do opala, portando um gancho de fechar porta de ferro. Pego o boné, já imundo e que decididamente não valia aquela cena, despediu-se do dono da loja de doces árabes e não se lembrou mais em que parte da oração estava. Boa semana a todos.