quarta-feira, abril 08, 2009

economia não é tudo. eu combato a economia com a filosofia e ganho. o duro é combater o poder.
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eu na minha caminhadinha diária, de repente: -ooooou! ooooooooou! OOOOOOOOUU!! olho pra trás, vem correndo um negão sacudido com cara séria. olho pros lados, pra saber com quem o negão quer falar. é comigo mesmo. tentei pescar na fisionomia se ele tava bravo, irritado, furioso, mas ele só estava sério. eu tava a pé, então não podia ter feito nada de mal a ele, nenhuma fechada, buzinada, encarada, nada. Mesmo a pé, não esbarrei no negão. Tudo isso pensando num relance. Quando chegou pertinho, abriu um sorriso:
- não tá me reconhecendo?
- er...
- sou o jô.
- ah, o jô, do jô blackpower! aliás, O jô blackpower.
-é, to com o salão ali agora, ó, voltei pro bairro. Volta a cortar comigo.
Pronto, satisfação garantida. Eu e os motoboys todos da zona sul, eles fazendo arte nas cabeças raspadas, eu só raspando o côco mesmo, tradicional.
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paciência é sapiência.
ouvi quietinho no line on the horizon por essas semanas. meio triste, pensando que talvez o U2 tivesse finalmente perdido a mão. acostumado à arrebatação causada pelas músicas, assim que as ponho pra tocar no carro, dessa vez o u2 aparentemente brochou. Houve músicas que, pasmo, não ouvi até o final. Cheguei a formular teoriazinhas acerca de variações precárias sobre a mesma base de antes, e esse termo 'mesma', ganhou força na hora que pensei. Será que finalmente, pra não cair na obviedade da mesmice, eles deram uma forçadinha? Ouvi quietinho, enfim.
E as semanas passaram. Percebi, então, o mesmo fenômeno do achtung baby, hoje pra mim um dos melhores e que, de primeira, não gostei. É o famoso passinho à frente da banda. Fui ouvindo cada vez mais, voltando em alguns trechos das músicas e, agora sim, custou mais entendi tudo. Esse CD beira a perfeição.
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Restart and re-boot yourself/You're free to go.