Pré-sexo
A primeira revista de sexo. Nós, da turminha dos mais novos, vimos que os mais velhos esconderam algo debaixo da pedra no terreno baldio. Ao irem embora, fomos ver o que era. Vi uma moça com meia garrafa de champagne enfiada. Lembro até hoje.
*
Alguns anos depois, fizemos a vaquinha e compramos um vidro de capiloton, dessa o siddartha já sabe. Debaixo das mangueiras, cada um teve a sua quota-parte pra passar no baixo ventre, pra nascer pelo antes do tempo. Não deu certo.
*
Por essa época, o diálogo entre A, B e Madureira:
A: aí eu achei nas coisas do meu irmão.
B: ouvi meu pai falando pro meu tio que fica parecendo mascar chiclete com a embalagem.
Madureira quieto, não entendendo nada.
A: Mas vc já viu?
B: Não, mas eu sei como é. Parece uma bexiga e vc enrola ela no pau.
Madureira: Ah, meu, pára de encher, pra que alguém ia inventar uma bexiga com forma de camisa pra enrolar no pau? E o que tem o chiclete a ver?
A e B superiores, rindo da pureza do Madureira: que mané forma de camisa, ô? É só o nome que é camisinha. Vem de camisa de vênus.
Madureira: vcs pegaram o nome da banda pra inventar isso aí, sai fora.
(pois é, a garrafa de champagne não usava camisinha).
(saindo da seqüência temporal: anos depois, minha irmã aparece com um delas [no pacote!]
tirada da minha carteira: que isso??? Resposta instantânea: remédio pra dor de cabeça. Nada mais certo).
*
alguns anos depois, na piscina abandonada, pelotão formado pelos caras do capiloton, já com os devidos pelos, pro Cagüeta ir chupando um por um. Dei desculpa e saí fora. Trash.
*
mais ou menos nessa época, a crença irrefutável de que havia um certo número de espermatozóides no saco de cada um de nós e eles tinham que durar pra vida toda, teríamos que ser muito parcimoniosos, se não quiséssemos que eles acabassem logo.
*
Anos depois, o status. Enquanto alguns eram donos da bola, outros do MSX Expert, que carregava na fita-cassete, eu tinha uma tia que era repórter da Playboy. Ah, o poder.
***
Benditos sejam todos os meninos-de-rua. Agradeço muito ter sido um deles.
FIM
*
Alguns anos depois, fizemos a vaquinha e compramos um vidro de capiloton, dessa o siddartha já sabe. Debaixo das mangueiras, cada um teve a sua quota-parte pra passar no baixo ventre, pra nascer pelo antes do tempo. Não deu certo.
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Por essa época, o diálogo entre A, B e Madureira:
A: aí eu achei nas coisas do meu irmão.
B: ouvi meu pai falando pro meu tio que fica parecendo mascar chiclete com a embalagem.
Madureira quieto, não entendendo nada.
A: Mas vc já viu?
B: Não, mas eu sei como é. Parece uma bexiga e vc enrola ela no pau.
Madureira: Ah, meu, pára de encher, pra que alguém ia inventar uma bexiga com forma de camisa pra enrolar no pau? E o que tem o chiclete a ver?
A e B superiores, rindo da pureza do Madureira: que mané forma de camisa, ô? É só o nome que é camisinha. Vem de camisa de vênus.
Madureira: vcs pegaram o nome da banda pra inventar isso aí, sai fora.
(pois é, a garrafa de champagne não usava camisinha).
(saindo da seqüência temporal: anos depois, minha irmã aparece com um delas [no pacote!]
tirada da minha carteira: que isso??? Resposta instantânea: remédio pra dor de cabeça. Nada mais certo).
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alguns anos depois, na piscina abandonada, pelotão formado pelos caras do capiloton, já com os devidos pelos, pro Cagüeta ir chupando um por um. Dei desculpa e saí fora. Trash.
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mais ou menos nessa época, a crença irrefutável de que havia um certo número de espermatozóides no saco de cada um de nós e eles tinham que durar pra vida toda, teríamos que ser muito parcimoniosos, se não quiséssemos que eles acabassem logo.
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Anos depois, o status. Enquanto alguns eram donos da bola, outros do MSX Expert, que carregava na fita-cassete, eu tinha uma tia que era repórter da Playboy. Ah, o poder.
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Benditos sejam todos os meninos-de-rua. Agradeço muito ter sido um deles.
FIM
posted by Madureira at 7:37 PM
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