quarta-feira, julho 30, 2008

AÊÊÊÊ, REBOCO DE IGREJA VÉIA, QUISSUCO COM MORTANDELA!
Consoante irrefreável alarde, por todos os meios dos quais lembrei, acabei a mardita monografia, os marditos comentários aos acórdãos, estou livre pra escravidão de verdade, que começa em... agosto. Depois de amanhã. Como amanhã trabalho o dia todo, minha última tarde de férias acaba em cinco minutos. Fiz ficha na locadora mais 'pertinha' e passei uma hora e quinze de cueca e medo no quarto, mandando pro peito minhas geléias de mocotó, gelatina de morango, sucrilhos seco, bolacha, moti, paçoca, polenguinho e suco de pêssego. Sem culpa nenhuma que hoje sou merecedor. Vamos à análise madureira de cloverfield.
Pra não parecer que tô só imitando a dani m., que espinafrou o filme, lembro que falo em assistir a ele desde janeiro. e lá vamos nós:
Filmão da porra, meu! Talvez essa misturança na barriga tenha me feito assistir ao filme pensando em mira y lopes, já que to lendo um livrão da porra, meu!, por ele escrito: os quatro gigantes da alma (medo, ira, amor e dever). Esse livro faz lembrar qdo tinha uns cinco anos e gostava de sair pela cidade, nos ombros do tio filo, com um papel de sonho de valsa nos olhos. Mira y Lopes funciona como esses filtros e talvez isso me deixe um pouquinho mais chato do que o usual: desde que comecei o livro, estou "lendo" a realidade de um jeito diferente, novo e, por isso, divertido. Parece que realmente tudo se reduz a isso: desde a sensação no meu esôfago imediata à notícia de que a outra Secretaria não me emitira a certidão que solicitei, passando pelo aperto dos dedos ao volante quando um motoca tira fina e ainda olha feio, analisando os gestos das pessoas e os palavrórios que envolvem os gestos, tudo. Até cloverfield. Nada como um roliú de monstro pra deixar bem caricato os atos de heroísmo. Mesmo não havendo espaço mais pro super-herói que tirou a sunga vermelha, caiu do cavalo e morreu. Gostei muito do Jabor falando do Batman, que depois do Osama o herói americano sente medo e confusão. Mas voltando ao cloverfield, além de mirar y lopear o filme todo, o legal foi ver o ridículo das nossas preocupações, como na festinha do início. Eu vejo a realidade assim, como uma festinha dessas. A gente é um bando de anestesiado, não importa qto tenha na conta do banco, nem se tenha ou não conta no banco. Cada um com os seus objetos de anestesia. Até vir um cloverfield e ficar mais evidente o estado de zumbi. Mas esse post ficou soturno, eu fui até ali, voltei, não gostei e vou publicar rapidinho, antes que delete pra escrever outro cuja preguiça me impedirá de.