E aí, fantasma.
To só externando pro povo o que segue:
- Perdeu, playboy!
Tu chegou perto. Quase ganha a primeira batalha.
E, na verdade, não por méritos seus. Foi falha da minha zaga.
Eu romantizei a coisa. E no fundo a coisa me foi útil.
Pois hoje quase vc ganha a primeira. Cheguei a dizer que não ia.
Mas eu vou. Ah, se vou.
Vou ser o cara que vende as cartelinhas de bingo pras velhinhas.
O cara que é xingado pela moleza, que é detestado por pisar nos pés da velha que fica na passagem.
Esse é o mínimo trabalho social que faço, antes de ir à caravana.
E vc, fantasma, quase conseguiu que eu não fosse hoje.
Cresceu, né, tigrão?
Pois vai ficar pianinho aí.
Já te desinflei um pouco com essa decisão.
Porque eu vou. Opa, se vou.
E nem vou falar que essa atitude seria a primeira de um lento processo de retomada das coisas, a serem postas em seus devidos lugares.
Nah, nada disso, fantasma. Esse é teu jogo.
Eu vou ser o cara que vende as cartelinhas e traz os guaranás.
Como comemoração, vou até comprar uns guaranás a mais, pq, uh, velhinhas pra beberem os guaranás.
Mas vai ser só isso.
Nada desse lance de recomeço, de retomada. Recomeço o escambau.
Eu vou vender as cartelinhas e fazer o meu prazo de amanhã nesta madrugada.
E assim, mr. wolf que sou, posso dizer: tchutchu etc.
E como a marinês alertou: deixa a pressão sair, tua panela de pressão tá esquentando e sem válvula de saída. já já isso passa pro corpo.
Marinês, minha guerreira, te ouvirei.
E vencerei.
Vencerei é muito apoteótico, melhor assim:
Vou ganhar.
E pronto acabou.