segunda-feira, agosto 25, 2008

Simpatia

Riders on the storm, pururim purururum, riders on the storm.
Enquanto vc lê eu vou ali caminhar na trilha. E anda e sobe e desce e vira e sobe e cai e sobe e vira e sobe e vira e sobe e sobe e sobe e para. senta na pedra, tira os tênis, cheios de barro, tira as meias, tira o anel de rolemã.
O anel de rolemã é composto por um aro que gira e nesse aro existem cinco figuras como essa:
>>o >>o >>o >>o >>o.
Eu vejo cinco homenzinhos.
O jeito certo de pôr o anel, inventei, é fazer os homenzinhos virarem pro lado oposto do meu peito. Seja no anular direito, seja no esquerdo, tem que estar pra fora.
E quando eu sinto algo de errado, giro a rolemã de modo que os homenzinhos levam as coisas ruins pra fora e pra longe de mim.
De vez em quando eu tiro anel, aliança e relógio e ponho de volta depois, na correria. Em algumas dessas vezes, o dia parece que corre engasgado. Quando vou ver, os homenzinhos estão virados pra mim. É só desvirar, que tudo flui melhor.
>>o >>o >>o >>o >>o
Enterra o anel, pra ele sentir a energia da terra. Pega um punhado de terra com o anel no meio, vai deixando a terra escorrer e assopra, deixa ventar sopro bem forte no anel e então mergulha-o no riacho que corre do lado, segurando pro rio não levar. No que tira, passa um gravetinho no meio, saca do zippo e deixa a chama passar, de baixo pra cima.
Pronto, quatro elementos. Reza pai-nosso e pede proteção pra Deus e pros santos.
Começa a chover. Mais e mais forte.
Riders on the storm...
Volta pra pousada, banho e segue a vida.